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Não me cantem em vão
Hoje é dia
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O dia
Em 2 de setembro de 1968, em discurso na Câmara Federal, o deputado Márcio Moreira Alves propôs o boicote aos festejos de 7 de setembro e culpou as Forças Armadas pela crise no país. O discurso foi considerado a gota d’água para a ditadura, que instaurou o AI-5 no país.
Observando...
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Palavreando
Nem sempre sabemos exatamente o que queremos. E fazemos escolhas atropeladas...
Não me cantem em vão
Eu, hino nacional, entoado pela boca de maus brasileiros. Que não merecem cantar minha magnifica letra. Porque não sabem o que significa. Quando me cantam, parece que me vomitam. As palavras não caem bem para seus rostos, gestos e vestimentas. Cansei de ser blasfemado por esses engravatados chantagistas. A chantagem, não se enganem, não para nunca.
Por isso a melhor forma de conter um chantagista é não aceitar suas chantagens. Mas é preciso muita coragem para tal. Coragem que canto quando digo: “Verás que um filho teu não foge à luta”. Minha música perde melodia perante seus atos. Suas práticas não condizem com o meu significado. Não combina.
Definitivamente não combina com alguns que me evocam para celebrar suas vitórias particulares que não fazem par com o que de fato o povo que traduzo necessita.
Usurpadores. Ladrões de sonhos e de nossas riquezas. Falsos justiceiros. Não me cantem em vão! Me cantar em vão é como orar em falsidade. Clamar a Deus por falsos deuses.
A pátria mãe gentil não vem recebendo gentilezas. Desgraçados. Será que não entendem? Não fui feito para suas línguas. Não caio bem em suas vozes. Brado como hino que clama pelo Brasil de um sonho intenso, pelo Brasil de amor eterno. Cadê o sonho? Onde estará o amor? Vocês representam o contrário. Por isso, não me usem, não me cantem!
Fere que eu seja ouvido nessas cenas de cinismo. Fazem circo, pintam a plateia de palhaços. E, eles, no palco, sorrindo. Nos camarins celebram com Chandon o freio da sangria desatada. A história não os respeitará.
Fere ser usado por quem não me merece, tampouco merece herdar o Brasil. Não herdarão! Espúrias da pátria não vencerão!
Ó meu pai, Joaquim Osório! Ó meu pai, Francisco Manuel! Não permitam que eu seja cantado assim. Mas que eu seja entoado pelas ruas, mais do que nos estádios, como símbolo de esperança.
Que os bons brasileiros não percam o que digo e me cantem verdadeiramente sabendo o que prometem. Falo de liberdade, igualdade, de crença no futuro, de coragem. “Se ergues da justiça a clava forte” – digo mais uma vez para convocar aos sóbrios que ainda restam não fugir à luta, nem temer. Um longo capítulo apenas começou... E, parecia que tínhamos amadurecido. Ainda não.
Pedido de socorro
O Rio de Janeiro pediu ao governo federal o envio de uma missão técnica ao estado para ajudar a equacionar a crise fiscal. Esse tipo de missão começou a ser realizada nos anos 1990, quando houve a primeira reestruturação de dívidas com a União. No entanto, em 2014, elas foram suspensas pelo Ministério da Fazenda. O Rio foi o único estado que solicitou essa ajuda agora.
Semana do Peixe
Vem aí a 18ª Semana Estadual do Peixe. Organizado pelo Ministério de Agricultura, o evento de abrangência nacional acontece todos os anos, desde 2004, com o objetivo de fomentar o consumo de pescado no Brasil. A campanha é realizada durante duas semanas, geralmente em setembro, e conta com o apoio de redes de supermercado, feiras livres, mercados públicos, entre outros estabelecimentos comerciais, além de colônias e sindicatos de pescadores.
Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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