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Homenagem ao Friburguense Atlético Clube - 28 de julho 2011
Há clubes que nascem para ser grandes. No entanto, há aqueles que nascem para ser grandes no meio de gigantes e são esses que realmente tem valor. Meio moleque, meio rapaz, almejando ser mais, não há clube com cores que combinem melhor. O azul do céu com o vermelho do sangue e o branco, primária de todas as cores, da paz. Orgulho da terra, o Friburguense tem na serra a sua morada, mas na paixão pelo futebol o seu verdadeiro berço. Segundo time de todos, o Friburguense é a digna representação da superação. E que outro termo poderia se dar a sua mágica e corajosa história. Sem coragem não se escreve nada, sem audácia não se faz história, pois o Friburguense escreveu páginas de uma história primada na ousadia de ser sempre mais.
Assim, para descrever o Friburguense é fundamental reconhecer Fluminense e Serrano. Clubes rivais, extremos um ao outro, contrapontos um do outro, que deixaram de existir para se imortalizar no Friburguense Atlético Clube. O azul do Fluminense se juntou ao vermelho do Serrano. A estrela do Serrano se incorporou ao brasão do Fluminense. Os dois em um só, uma só força, um só clube, uma só torcida. Longe de ser a morte do futebol friburguense, o Friburguense é o renascimento, único caminho de manter viva a paixão, em outro universo, é claro! Universo que empresta à estrela vermelha o céu azul, de tempos nem sempre tão fáceis, mas tempos de Friburguense.
E esses tempos de Friburguense são descritos no evocar de nomes de pessoas simples que despenderam suas vidas para que o futebol se mantivesse vivo na serra. Gente escrava da tradição, assim como gente visionária. Na soma das duas fez-se do sonho uma realidade sustentada por mais gente que despende seu tempo para manter esse nome vivo na garantia de que depois virão outros com a mesma fé para que o ciclo não se interrompa e o Friburguense seja imortal.
Descrever o Friburguense é lembrar com gosto os momentos proporcionados pela Garra Friburguense nas arquibancadas do estado a fora. Uma torcida respeitada, apaixonada e com fôlego para se aventurar com e onde o Friburguense estivesse. Torcida que nunca poupou a voz e gritou ainda que rouca no sonho de ser gigante no meio dos gigantes.
Assim, o Friburguense de heróis nem sempre consagrados vai escrevendo as suas façanhas com a dose necessária de romantismo própria ao futebol. Deixando para trás os momentos ruins, sem esquecer os aprendizados; os de felicidade como bater um grande ou o inimigo em campo alheio, sempre pronto para repetir tais feitos.
Orgulho da nossa terra porque é a possibilidade de ouvir o nome da cidade ecoar pelo planeta bola. Ouvir sobre Nova Friburgo em todos os cantos e recantos e perceber que num país tão continental, o Friburguense está entre os maiores.
O Friburguense é acima de tudo essa simplicidade própria de filho da montanha. De quem está no topo, mas que quer ir além do topo. É essa criatividade em inventar formas de se desvencilhar daquilo que lhe apequena, sem correr o risco de ser menor. É essa garra em se entregar ainda que grande tenha que enfrentar gigantes. E pode ser, enfim, gigante, pois é marca do tricolor da serra a superação a todo instante.
E ainda que gostaríamos que o Friburguense fosse maior, temos motivo para nos orgulhar: o Friburguense está mais forte do que quando nasceu e fica cada vez mais forte a cada tempo que passa. Alguém que tenha visto esta história no início e tenha se ausentado nas duas décadas posteriores, provavelmente se assustará ao ver o presente. E um dia, quando as estrelas ficarem vermelhas no céu, o Friburguense será tão forte que será essa estrela a guiar o próprio céu. Lançando-se a desafios maiores, aventurando-se em novas possibilidades, pronto para ser amanhã o clube do presente e não apenas o clube do futuro. A sensação do Rio! Por fim, como qualquer outro clube de futebol, a história do Friburguense é escrita em poesia, versada em paixões exacerbadas e momentos recheados de glória e drama, cujos autores foram escolhidos pelos deuses do futebol, senão e por que não eles próprios.
Friburguense, bem-vindo de volta ao seu devido lugar!
Na edição de terça, 2, o penúltimo capítulo da história Friburguense – O Retorno.
Hepatites Virais
Hoje, 28, é Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais e a data não passa em branco em Nova Friburgo. Várias atividades acontecem na Praça Dermeval Barbosa Moreira, das 8 às 14 horas. Estão sendo disponibilizada vacinação para grupos específicos, com coleta de sangue para marcadores de Hepatites B e C, HIV e Sífilis. Além disso, há todo o trabalho de prevenção.
Sarampo
A campanha de vacinação contra o sarampo termina neste sábado, 30. Prevista para terminar no dia 22, ela foi prorrogada porque a meta no município não havia sido alcançada. O objetivo é chegar a 95% de crianças imunizadas. Devem ser vacinadas todas as crianças que ainda não completaram 7 anos de idade.
Multas dobradas (1)
As multas para as empresas que não respeitarem seus clientes tiveram seus valores dobrados. Agora quem passar por cima do Código de Defesa do Consumidor pode desembolsar de R$ 400, o valor mínimo da multa, até o máximo de R$ 6 milhões.
Multas dobradas (2)
O Ministério da Justiça se baseou no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo para atualizar esses valores, que não sofriam reajuste desde o ano 2000. Acredita-se que essa medida vai aumentar a qualidade dos serviços prestados. Os recursos arrecadados com as multas aplicadas são revertidos ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.
Efeitos da tragédia
O consumo de energia elétrica da classe industrial registrou queda de 18,2% no primeiro semestre deste ano em Nova Friburgo, afetada pelas enchentes ocorridas em janeiro. A informação está nas demonstrações financeiras do grupo Energisa, que serão oficialmente divulgadas em 8 de agosto.

Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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