​E o governo do estado?

Pelos próximos meses, a jornalista Laiane Tavares assina a coluna no lugar do titular Wanderson Nogueira. A Justiça Eleitoral determina que candidatos nas Eleições 2018 não podem apresentar, participar ou dar nome a programas de rádio e TV. A regra não se aplica aos órgãos impressos. Mesmo assim, o colunista e A VOZ DA SERRA, em comum acordo, optaram pela alteração neste período. Wanderson Nogueira volta a assinar o Observatório em outubro, após o período eleitoral.

Hoje é dia

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O dia

Em 25 de setembro de 1955, nasceu o brasileiro Amyr Klink. Um dos mais respeitados navegadores do mundo. Em 1984 ele realizou a primeira Travessia do Atlântico Sul a Remo em Solitário, viagem contada no livro "Cem dias entre céu e mar". Em 1986, iniciou viagem à Antártida, a bordo do veleiro polar "Rapa Nui".

Palavreando

“Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir.”
(Winston Churchill)

Observando

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E o governo do estado?

Temos falado muito aqui sobre a campanha presidencial, mas muito pouco sobre todos os outros cargos em disputa, alguns até mais importantes para o país do que o da presidência, como é o caso dos dois votos para o senado e o de deputado federal, afinal, a não ser que o eleito ou eleita pretenda dar um golpe militar, será ao Congresso que terá de submeter suas decisões. Mas e o governo do estado?

A disputa acirrada pela presidência tem nos afastado da responsabilidade de resolver alguns problemas que temos por aqui. O Rio de Janeiro atravessa a maior crise de sua história, e pouco se fala sobre as opções para assumir a responsabilidade de alavancar o estado. Ainda pior do que a nossa postura em relação ao governo do estado, é a dos candidatos e candidatas em relação ao interior fluminense.

As candidaturas pouco ou quase nada falam sobre ações efetivas para nossa região. É como se o estado fosse a capital e seu entorno. Tudo que é um problema no estado é um problema em seus municípios, porque o estado é isso, uma junção de municípios divididos em regiões. Alguém pode entregar um mapa para os concorrentes ao governo, por favor? Quem sabe ao perceber que existe um Rio de Janeiro para além do Rio eles compreendam a importância de construir propostas que estejam de acordo com as nossas demandas.

E não basta nos colocar em um plano de governo. É preciso levantar a nossa bandeira, falar com as nossas expectativas, lembrar que existimos em cada espaço. Nos debates quando falam de segurança pública, é preciso nos dizer o que farão por nós. Na saúde, idem. E assim por diante.

Aos candidatos e candidatas: tem uma proposta? Então nos diga como ela caberá em nossas realidades. Somos parte deste estado, uma parte com particularidades em seus potenciais, especificidades em suas carências, possibilidades e problemas muito comuns as nossas rotinas e estruturas, questões que se encaixam a certa medida ao macro das políticas públicas estaduais, mas que se desdobram em necessidades específicas. E quando não temos qualquer destaque nas campanhas, é difícil acreditar que teremos algum no governo.

Caso Marielle (1)

Desde fevereiro à frente da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro o general Richard Nunes, declarou em entrevista à Agência Brasil que não descarta a possibilidade de fechar o ano sem solucionar o duplo assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes. Marielle Franco e Anderson foram assassinados a tiros, em 14 de março deste ano. O crime causou comoção internacional e até o papa Francisco se manifestou sobre o episódio pedindo que as autoridades brasileiras tomassem providências.

Caso Marielle (2)

Segundo o general alguns fatores tem dificultado a celeridade de avanços na investigação. Para ele a deficiência estrutural encontrada em diversas áreas, principalmente em relação ao sistema de câmeras da cidade do Rio de Janeiro, monitoradas pela prefeitura, tem atrapalhado. O general destacou também que há crimes que estão sendo elucidados com muito mais facilidade quando esses sistemas estão em bom funcionamento. Para ele a grande dificuldade em relação ao caso Marielle é coletar e produzir as provas necessárias para que os suspeitos possam ser efetivamente condenados. Para o sucesso das investigações, no entanto, o general afirma que ainda faltam detalhes técnicos.