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“Despiram-nos, entulharam-nos, machucaram-nos. E ainda resta para nós, montanhas... de culpa” - 10 de novembro 2011
A nanocrônica acima é do aluno João Victor Melhorance do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Nossa Senhora das Dores (CNSD). Simples e direta, nos faz refletir o quanto o tema ainda é atual e nos faz pensar: até quando será atual?
O CNSD em seu concurso literário deste ano apresentou diversos trabalhos como o premiado do João Victor, eleito o campeão em sua categoria. Tratando o tema da tragédia e da reconstrução com pureza, política, apartidarismo e verdade! A verdade que nem sempre vem à tona ou que vem, mas de forma exagerada de mais ou de menos. Verdade com verdade sem a necessidade de dizer que é verdade! Afinal, verdade que é verdade não precisa se autointitular como tal. Todos os trabalhos, enfim, de uma perícia, de um simbologismo que marcam o tempo em que estamos vivendo. Aliás, nada como a literatura para entender o tempo e seus acontecimentos. Esse tempo é também tempo de esperança. Há fé na vida e nos outros mesmo nas grandes tragédias como demonstra a crônica abaixo intitulada Membros, de autoria de Isabelle Jacomin Amorim do 3º ano do Ensino Médio do CNSD.
“Mãos, movidas por compaixão. Pés aflitos, enlameados, em busca do acaso. Braços fortes, seguros por força maior, carregavam leite, arroz, feijão. Em uma tentativa estonteante de salvação, não se pensava em si, mas no outro. Não queriam recompensas senão o prazer de ajudar. Corpos, os que ficaram para a reconstrução, moviam-se exaustivos, prontos para tudo. Mente atordoada, nada fazia sentia diante de tamanha devastação. Esta que trouxe tanta tormenta, mas que também aguçou o que havia de melhor nos outros. Corações cheios, borbulhas de sentimentos. Parece triste, mas ainda resta alegria. Parece fraco, mas ainda resta força. Parece fome, mas ainda há muito mantimento. Só não há mais os que se foram. Perde-se algo e fica o hoje. Nada parece prosseguir, mas prossegue. Ficam os jornais, as fotos, as lembranças, os gritos. Ficam pessoas guardadas nos corações.”
Operação Faraó em Nova Friburgo
Apenas 3 dos 16 mandados de prisão expedidos para desarticular um esquema de corrupção em carceragens da Polinter no estado, especialmente a de Nova Friburgo, não foram cumpridos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os envolvidos no esquema serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, usurpação de função pública e prevaricação.
Retirada de pedra
Uma Ação Civil Pública ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Nova Friburgo requer que a Prefeitura retire um bloco rochoso existente no bairro Jardim Ouro Preto, que ameaça várias residências. A pedra tem aproximadamente 2.500 toneladas e é equivalente a um prédio de dois andares.
Risco a moradores
A ação foi proposta após a conclusão de inquérito civil de que a rocha põe em risco a vida de 700 a 800 pessoas, da Rua Santa Martha. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) requer que o trabalho seja iniciado no prazo de cinco dias e concluído no máximo em 45 dias, sob pena de multa. O MP diz que realizou diversas reuniões com órgãos responsáveis do Estado e do Município, mas que nada foi feito.
Dia D
A três meses de completar seu primeiro ano de mandato na Câmara Federal, o deputado friburguense Glauber Braga tem hoje e amanhã, 10 e 11, os seus dias de maior destaque nesta Legislatura. É que ele apresenta à Câmara Federal a proposta de Estatuto Nacional de Proteção Civil. Uma lei nacional que define responsabilidades dos governos municipais, estaduais e federal em caso de desastres naturais.
Relatório finalizado
O relatório produzido por Glauber estabelece ainda a criação de fundo orçamentário, punições administrativas e obrigatoriedade de aulas de Proteção Civil nas escolas brasileiras, entre outras medidas. O trabalho é resultado de um trabalho que começou em março e que estudou formas de prevenir e reconstruir cidades afetadas por catástrofes naturais.
Voz do Brasil no rádio
Com o feriado da semana que vem, na terça, 15, a Câmara Federal, excepcionalmente, terá sessão amanhã, 11. Há expectativa para seja votado hoje, 10, ou mais tardar amanhã, 11, projeto de autoria da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) que torna mais flexível o horário de transmissão do programa “Voz do Brasil” pelas emissoras de rádio.
Horário flexível
O projeto passou em todas as comissões e sofreu modificações no Senado e, para se tornar lei, depende apenas de aprovação no Plenário da Câmara. Pelo projeto são mantidos os 60 minutos de programa. A principal alteração é que as rádios comerciais poderão veiculá-lo entre 19h e 22h, deixando assim de ser veiculados em horário obrigatório e único, 19h, como acontece há 50 anos.
Jornada de Letras
A Estácio Nova Friburgo realiza hoje, 10, e amanhã, 11, a sua Jornada de Letras anual. Entre as atividades está o lançamento do livro Poesia é isso, de Lohan Pignone; palestra com a doutora Silvana Bezerra, sobre Juventude(s) e educação e Francisco Gregório com o tema Ler e contar/Contar e ler.

Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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