Carta a Getúlio

Hoje é dia

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O dia

Em 28 de abril de 1965, os Estados Unidos invadiram a República Dominicana com 22 mil soldados alegando perigo de uma ditadura comunista no país.

Observando...

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Palavreando

Não quero as experiências alheias, tampouco sabedorias milenares. Quero conhecer o amor e a vida por mim mesmo, do meu jeito de enfrentar os dias ao fazê-los parceiros ou inimigos.

Carta a Getúlio

Caro presidente Getúlio Vargas, as coisas não andam nada bem aqui pelo Brasil. Tudo o que o senhor fez pelos trabalhadores deste país está sendo jogado fora. Estão caçando os direitos da classe trabalhadora de maneira sorrateira. Quem? Pessoas sem compromisso com a sociedade e com uma legitimidade rasa. Semelhantes àqueles que denunciou antes de partir. Sim, mais uma vez. “Mais uma vez as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e se desencadeiam”. A história se repete.

Somos uma nação em frangalhos, onde está se levando de assalto conquistas de décadas. Ah, pai dos pobres! Nossos pobres estão pobres de lideranças e de esperanças. Dizem que fazem reformas para o bem do futuro. Já ouvi tanto essa conversa de que são necessários sacrifícios agora para um amanhã melhor. Outros da mesma laia disseram isso também no passado. E o futuro que nos chega é melhor? Não. Sabemos bem que não há essa de ponte para o futuro. É um caminho para o abismo social das desigualdades. Querem atender interesses muito particulares. Querem entregar o País ainda mais ao mercado financeiro. E lembro com pavor as suas frases: “Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais...” - eles voltam.

O trabalho de libertação e o regime de liberdade social carecem, padecem, sangram. “A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se a dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho”.

Está ainda mais atual a sua sentença: “Não querem que o povo seja independente”. E temo de temer que não se perceba o saque que está sendo feito nas vidas das pessoas, roubando suas idades, vilipendiando questões que jamais poderia se supor que um dia seriam tiradas. O povo precisa perceber o que está acontecendo. É grave o que está acontecendo. As aves de rapina ressurgiram e querem o sangue do povo brasileiro. Ofereceste em holocausto a sua vida, mas não há respeito a essa memória.

Não gostaria que acontecesse. Não gostaria de que houvesse o sofrimento para que a revolução popular nasça. Mas sua vidência é o que me anima a reverter esse sugar de sangue da nação. “Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação”. Que de fato esse povo não mais seja escravo de ninguém.

Selo da moda

A Fecomércio lança hoje, 28, o selo de excelência em Moda. O objetivo é preparar e reconhecer os principais nomes do setor, disseminando conteúdo e práticas de excelência em gestão. A intenção é garantir a sustentabilidade dos negócios relacionados ao setor. O selo funcionará como um programa de aceleração para jovens empreendedores, além de pequenas e médias empresas do ramo.