Acabar ou não com os incentivos fiscais?

quarta-feira, 27 de abril de 2016

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O dia

Em 27 de abril de1915, o navegador Fernão de Magalhães foi morto aos 41 anos em uma batalha contra nativos nas Filipinas, durante sua expedição de circunavegação do globo terrestre.

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Palavreando
Talvez sejamos todos desconhecidos. Que nos apresentemos uns aos outros, que nos apresentemos ao destino e a Deus e ao mundo e a vida!      

Acabar ou não com os incentivos fiscais às empresas?

As crises servem para profunda reflexão. A gigantesca crise econômica que o estado do Rio vive serve para se debruçar por debates que antes ou não eram feitos ou quando feitos eram de forma rasa. Um dos mais intensos é com relação aos incentivos fiscais às empresas.

Incentivo fiscal só deve ocorrer se comprovadamente gerar emprego e renda e corrigir desigualdades históricas e regionais.     Um fato: o incentivo atrai empresas. Outro fato: não há critérios. Comprovadamente, os incentivos são importantes e a forma como são concedidos é equivocada. Não há transparência, os critérios de escolha são complexos e o dedo político é maior do que o técnico.

Os incentivos podem e devem a longo prazo aumentar as receitas de municípios e do estado. Mas acima de tudo, deve haver uma comprovação através de fiscalização que a empresa beneficiada gerou mais emprego e/ou renda para os trabalhadores.

Ninguém é contra o empresário aumentar seus lucros. Mas a partir do momento que recebe um incentivo fiscal, a empresa passa a ter um benefício, portanto tem obrigatoriamente que dar retorno condizente para a sociedade e não para campanhas eleitorais ou para a corrupção.

Simplesmente suspender novos incentivos pode ser um tiro no pé e que a longo prazo pode aumentar os prejuízos do estado. Ao mesmo tempo, o estado em sua incapacidade fiscalizatória e técnica não está em condições de fazer incentivo a quem quer que seja.

Se correr o Dorneles pega, se ficar o Pezão come. É quase isso ou isso mesmo! Neste tempo-espaço atual, não tenho opinião fechada sobre o assunto. Porém, uma convicção eu tenho: o incentivo fiscal só deve ser concedido para correções históricas e geográficas, comprovando-se geração de emprego.

Exemplificando: para que uma empresa se instale no topo da serra (em Friburgo) ela deve ter incentivo, porque o seu custo de logística é maior do que uma empresa instalada em Resende que fica na divisa com São Paulo e tem uma rodovia federal bem próxima.

Mesmo sediando-se em Nova Friburgo, deve assumir e cumprir um acordo constantemente monitorado de geração de empregos estipulado pelo estado, caso contrário teria o benefício cortado.

A discussão é pertinente e a crise serve exatamente para isso. Mudar rumos e se aprofundar nas escolhas feitas até aqui para mantê-las ou corrigi-las.

IML de Friburgo
O Departamento Geral de Polícia Técnico Científica confirma que estuda a fusão do IML de Nova Friburgo com o de Teresópolis. No caso, inicialmente, o IML de Nova Friburgo acabaria. Segundo a Polícia Civil é uma medida de administração, considerando o cenário atual de contingenciamento financeiro. A instituição diz que quer prestar um serviço melhor, fazendo mais com menos. A implementação da medida, no entanto, ainda está em andamento e pode ter alterações.

Concurso Público de Cachoeiras (1)
A Prefeitura de Cachoeiras de Macacu está com inscrições abertas até 8 de maio para o concurso público que visa preencher 200 vagas no magistério municipal. Os salários oferecidos chegam até R$ 1.314,81 e as inscrições custam entre R$ 40 e R$ 80, de acordo com a função escolhida pelo candidato. As inscrições poderão ser feitas no endereço eletrônico: www.institutoibdo.com.br

Concurso Público de Cachoeiras (2)
As vagas são para agente escolar de portaria, inspetor de disciplina, artífice escolar de cozinha, agente escolar de limpeza, professor docente II, professor docente I (Língua Portuguesa, História). O concurso do município vizinho está sendo organizado pelo Instituto Brasileiro de Incentivo ao Desenvolvimento Organizacional (IBDO).

Inventário de oferta turística (1)
O projeto do Inventário de Oferta Turística de Nova Friburgo e Região Serrana já tem data para ser implementado: de 17 a 31 de maio. O trabalho que contempla 23 municípios é realizado pelo estado em parceria com professores e alunos da Universidade Federal Fluminense (UFF). O objetivo é concluir todo o estudo ainda no início do segundo semestre.

Inventário de oferta turística (2)
A iniciativa integra o Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur-RJ). As informações processadas vão orientar as ações públicas, bem como os projetos privados dedicados ao desenvolvimento do setor. Cerca de 100 pesquisadores mapearão atrativos turísticos, infraestrutura, equipamentos e serviços à disposição dos visitantes, assim como a cadeia produtiva do segmento.

Foto da galeria
O projeto Elas Ecomodas baseou na Via-Expressa a sua tenda ecológica no evento Domingo de Lazer promovido pela Secretaria Municipal de Esportes. Foram distribuídas mais de 300 mudas de palmito-juçara que é uma árvore nativa, também conhecida como açaí da Mata Atlântica, cujos frutos ajudam na alimentação de mais de 60 animais silvestres e é também uma árvore ameaçada de extinção. A foto é de Alex Santos
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Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.