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Poetas e trovadores: flores em forma de poesia
Nestes últimos dias de maio, vou referenciar a poesia que brota nas ruas
de Nova Friburgo, fazendo nossa querida cidade ser, de fato, um lugar de
inspiração. Na simplicidade de cada dia, poetas e trovadores, aqueles sujeitos
sujeitados que não se cabem nos próprios gestos e palavras rotineiras, buscam
nas vias que os levam à poesia os meios de uma expressão maior. Não foi à
toa que aqui encontram o seu habitat. Cercados de tantos verdes e vida, ao
abrirem os olhos se veem diante do mais lindo poema. Os trovadores e poetas,
sempre inconformados, se alimentam da magia do universo imaginário. Eles se
fazem em palavras poéticas, derramando sobre o papel revelações quase
secretas. Ah, eles não querem convencer, mesmo sob a fúria das emoções.
Querem, apenas, renascer através da lida poética. Salvam-se a cada poema.
Se a vida lhes traz tristezas reais e pressentidas, eles choram; entretanto, ao
mesmo tempo, conseguem sorrir nas palavras altivas, querentes de felicidade.
Superam-se a cada verso. E, aqui, com o privilégio da bela paisagem, uma
santa guarita no alto da Serra do Mar, encontram um caminho para o céu.
Como bem sabia JG de Araújo Jorge.
O povo de Nova Friburgo tem inteirezas, por isso os poetas que aqui
vivem não são desnutridos de amor, apesar do desassossego que trazem na
bagagem. São pessoas que não têm pobrezas no espírito; sabem expurgar a
timidez e aquecem-se em cada abraço. São acaloradas. Tornam-se
encantadas quando fazem uma trova ou um poema. O que escrevem não é
qualquer coisa. São sonhos. São flores em forma de poesia.
Se em Nova Friburgo o cheiro dos eucaliptos vaga pela cidade como um
patrimônio, as trovas justificam sua existência. O que seria daqui sem os
poetas e trovadores? O que seria dos pinheiros caso não houvesse palavras
que lhes descrevessem para os desconhecidos. Como Friburgo é
desconhecida! Desconhecida até pelas próprias pessoas cá nascidas e que
precisam da poesia para despertarem desse sono letárgico. Vivemos no
cinturão central de uma das maiores biosferas do planeta, a Mata Atlântica, um
lugar precioso, energético. Fascinante.
Em ti, Friburgo, nasci
Para o amor e a poesia.
Em teu seio conheci
Da vida a pura magia
João Costa
Hoje, a poesia está espalhada pela cidade. Nas escolas e nos cafés. Na
Academia de Letras e nas padarias. Nas livrarias e nos rios. Até nas alfaces de
São Lourenço.OS POETAS E OS TROVADORES DE NOVA FRIBURGO FAZEM FLORES
EM FORMA DE POESIA
Nestes últimos dias de maio, vou referenciar a poesia que brota nas ruas
de Nova Friburgo, fazendo nossa querida cidade ser, de fato, um lugar de
inspiração. Na simplicidade de cada dia, poetas e trovadores, aqueles sujeitos
sujeitados que não se cabem nos próprios gestos e palavras rotineiras, buscam
nas vias que os levam à poesia os meios de uma expressão maior. Não foi à
toa que aqui encontram o seu habitat. Cercados de tantos verdes e vida, ao
abrirem os olhos se veem diante do mais lindo poema. Os trovadores e poetas,
sempre inconformados, se alimentam da magia do universo imaginário. Eles se
fazem em palavras poéticas, derramando sobre o papel revelações quase
secretas. Ah, eles não querem convencer, mesmo sob a fúria das emoções.
Querem, apenas, renascer através da lida poética. Salvam-se a cada poema.
Se a vida lhes traz tristezas reais e pressentidas, eles choram; entretanto, ao
mesmo tempo, conseguem sorrir nas palavras altivas, querentes de felicidade.
Superam-se a cada verso. E, aqui, com o privilégio da bela paisagem, uma
santa guarita no alto da Serra do Mar, encontram um caminho para o céu.
Como bem sabia JG de Araújo Jorge.
O povo de Nova Friburgo tem inteirezas, por isso os poetas que aqui
vivem não são desnutridos de amor, apesar do desassossego que trazem na
bagagem. São pessoas que não têm pobrezas no espírito; sabem expurgar a
timidez e aquecem-se em cada abraço. São acaloradas. Tornam-se
encantadas quando fazem uma trova ou um poema. O que escrevem não é
qualquer coisa. São sonhos. São flores em forma de poesia.
Se em Nova Friburgo o cheiro dos eucaliptos vaga pela cidade como um
patrimônio, as trovas justificam sua existência. O que seria daqui sem os
poetas e trovadores? O que seria dos pinheiros caso não houvesse palavras
que lhes descrevessem para os desconhecidos. Como Friburgo é
desconhecida! Desconhecida até pelas próprias pessoas cá nascidas e que
precisam da poesia para despertarem desse sono letárgico. Vivemos no
cinturão central de uma das maiores biosferas do planeta, a Mata Atlântica, um
lugar precioso, energético. Fascinante.
Em ti, Friburgo, nasci
Para o amor e a poesia.
Em teu seio conheci
Da vida a pura magia
João Costa
Hoje, a poesia está espalhada pela cidade. Nas escolas e nos cafés. Na
Academia de Letras e nas padarias. Nas livrarias e nos rios. Até nas alfaces de
São Lourenço.
Tereza Cristina Malcher Campitelli
Momentos Literários
Tereza Malcher é mestre em educação pela PUC-Rio, escritora de livros infantojuvenis, presidente da Academia Friburguense de Letras e ganhadora, em 2014, do Prêmio OFF Flip de Literatura.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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