Mensagem À VOZ DA SERRA sobre o aniversário da AFL

A Academia friburguense de Letras comemora no dia 22 de junho setenta

anos de existência. Com alegria e orgulho, seus acadêmicos vão acolher os

amigos para homenagear sua trajetória que guardou e resguardou a vida

literária, principalmente a que brotou nesta cidade. A Casa de Salusse nasceu

em 22 de junho de 1947 nos bancos da então Praça Quinze de Novembro, hoje

Praça Presidente Getúlio Vargas, sob os galhos das árvores e canto dos

passarinhos; sem portas, paredes e janelas. Nasceu livre e tão bela quanto seu

lema: cultuar a arte é sublimar o espírito. Sua criação foi uma gota de paz no

momento em que o mundo sofria após a segunda guerra mundial e, por assim

ser, guardou-se como um lugar de letras, cultura e convivência, tendo sido

amada e cuidada pelos que a fundaram, dela pertenceram e frequentaram-na.

Hoje, a Casa de Salusse se esforça para abraçar os escritores da região.

Seus acadêmicos têm produzido obras para adultos, jovens e crianças, são

escritores de romances, trovas e poesias, pesquisas históricas, contos e

crônicas, além de terem participação ativa nos jornais da região. Tanto assim é

que, em breve, escritores da cidade, acadêmicos e não acadêmicos, estarão

juntos na coletânea de contos “NOVA FRIBURGO: CONTOS, CRÔNICAS E

DECLARAÇÕES DE AMOR” que será lançada no próximo mês.

A Academia friburguense de Letras tem fomentado a produção literária

através do Concurso Literário Nacional Júlio Salusse que, no ano passado,

recebeu textos de vários estados brasileiros. Do Encontro Entre Escritores,

oficina que tem por finalidade tratar de assuntos pertinentes à produção criativa

de textos. Do acolhimento ao Clube de Leitura que incentiva a leitura e o

debate de temas relevantes. Além de colaborar com o desenvolvimento cultural

da cidade, através das palestras que realiza ao longo do ano. Nos últimos

meses, vem ultrapassando suas paredes, através das palestras apresentadas

pelos acadêmicos sobre diversos temas em escolas, bibliotecas e em

instituições sociais, disseminando o valor da literatura.

No ano passado, abraçou jovens escritores entre dezesseis a vinte e nove

anos que hoje ocupam cinco das quinze cadeiras, em cujas mãos estarão os

anos futuros desta Casa.

Eu, tendo o privilégio que estar como presidente nesta data festiva, em

nome dos acadêmicos e amigos da Academia Friburguense de Letras, desejo

que nossa Casa tenha vida longa e que possa sempre estar na cidade como

um coração que pulsa literatura, arte e cultura; que seja a Academia de Letras

de todos os friburguenses, por eles guardada com afeto e orgulho. Que tenha

paz e simplicidade em todas as atividades que realizar.