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Um país sem rumo
O Brasil se encontra num beco sem saída. Como a maior parte de sua população não tem a mínima noção da crise institucional e econômica pela qual passamos; com nível de informação sofrível, nas mãos de uma imprensa, na maioria das vezes, comprometida e de orientação esquerdista, com um povo corrupto e que perdeu a noção do que é certo e errado, tomamos conhecimento de fatos incompatíveis com o bom senso, a ética e a moral.
O jornal O Globo do último domingo, 16, publicou uma matéria, onde é dito que pelo menos seis senadores investigados pela Lava-Jato, são favoritos à reeleição, em seus respectivos estados. Renan Calheiros, Eunício Oliveira, Ciro Nogueira, Edison Lobão, Garibaldi Alves Filho e Jader Barbalho ou lideram as pesquisas de intenção de votos, ou estão em segundo lugar na preferência do eleitorado. Sem falar de Romero Jucá, Cássio Cunha Lima e Valdir Raupp. Isso significa que a população não toma conhecimento dos fatos ou a informação é deturpada como faz Fernando Haddad em sua propaganda eleitoral. Ou, o que é pior, somos mesmo um país do faz de conta.
A maioria desses senadores ocupou cargo de destaque nos diversos governos aos quais serviram. Renan Calheiros foi presidente do senado federal, Garibaldi Alves ministro da Previdência Social, Edison Lobão ministro das Minas e Energia, ou seja, deveriam ser homens acima de qualquer suspeita e não indiciados por falcatruas que cometeram em benefício próprio ou do partido aos quais estão filiados.
No Brasil de hoje parece que quanto mais corrupto ou comprometido com a corrupção, maior o índice de aceitação pela população. A noção de certo ou errado, de honestidade que deveria nortear a carreira desses homens públicos foi jogada para debaixo do tapete, mas o que é mais grave, chancelado pela população que os elege. Daí, seus eleitores não terem o direito de reclamar.
Aliás, essa propaganda é a mesma de sempre, com candidatos prometendo tudo fazer pela segurança, pela saúde e pela educação. O mais estranho é que a população acredita e chancela seu voto nessa falácia, esquecendo de que terminada a eleição, tudo vai continuar na mesma. Que Deus se compadeça de nós.
Pobre democracia à brasileira que chafurda na lama e dá um exemplo ao mundo de como não se deve fazer política. Mostramos que somos um país ingovernável, sem esperança, pois tanto políticos como eleitores são farinha do mesmo saco. Abdicamos do coletivo para procurarmos levar vantagem, sem a mínima preocupação com a decência e a honestidade. É a política do salve-se quem puder.
Esse ano vou antecipar as minhas férias, pois estou com viagem marcada para a próxima quinta feira, 20, só retornando em novembro. Mas, como a internet é uma realidade, sempre que possível continuarei com a coluna, ainda mais que as eleições são daqui a 20 dias e muita água ainda vai rolar.
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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