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O frio pede passagem
Parece que o frio, enfim, começa a dar o ar de sua graça em nossa cidade, chegando de mansinho, e espantando o calor de um dos outonos mais quentes dos últimos anos. No último fim de semana a sensação térmica foi mais baixa, em função dos altos índices de umidade relativa do ar, em torno de 90%. Mas, a madrugada de segunda feira já foi bem fria, com os termômetros, no Cônego, marcando dez graus. A tendência é, daqui para frente, esfriar ainda mais.
Daí a importância de usar agasalhos adequados, principalmente as pessoas da primeira e terceira idades. Essas são mais vulneráveis às mudanças de temperatura e sujeitas a uma série de doenças que têm maior incidência nos meses mais frios. A prevenção é a arma mais importante que dispomos para evitar certas doenças. Portanto, a vacinação contra a gripe e a pneumonia é importante nas faixas etárias citadas, pois a pneumonia em pessoas de mais idade pode ser fatal. Pagar para ver nunca é uma boa opção.
As doenças com maior incidência no inverno são aquelas ligadas ao aparelho respiratório, pois à medida que o ar fica seco e frio, ele torna-se carregado de partículas de poeira e poluição e o nosso sistema respiratório precisa trabalhar mais. Além disso, nessa época do ano nos mantemos mais dentro de casa e o maior contato com germes é a receita perfeita para um resfriado. A seguir uma lista com as doenças mais comuns dessa época do ano.
O resfriado comum é o campeão dessa época com seus sintomas típicos de coriza, congestão, dor de garganta e espirros. Na maioria dos casos são causados por um vírus, duram no máximo uma semana e não resultam em problemas sérios de saúde. Medidas de higiene como lavar sempre as mãos e as superfícies da casa, um ambiente arejado além de uma boa alimentação, atividade física regular, sono adequado e manter-se agasalhado são maneiras seguras de evitar problemas.
A gripe apresenta febre, mal-estar e tosse seca. Pode durar mais de uma semana e os sintomas são muito mais fortes que os do resfriado comum. A prevenção mais eficaz contra a gripe é a vacinação, especialmente para quem se enquadra em um "grupo de risco", que inclui idosos, mulheres grávidas e pessoas com doenças crônicas. Embora a vacina não proteja contra todos os tipos de vírus, ela pode reduzir o risco de contrair a gripe.
Depois surge a pneumonia, muitas vezes como consequência de uma gripe forte, que enfraquece as defesas do organismo e o deixa vulnerável às bactérias, sobretudo os pneumococos, estafilococos, estreptococos e o haemophilus influenza. A febre é mais alta, de 38 graus para cima, acompanhada de tosse produtiva, dores na região do tórax, onde se situam os focos de infecção e o paciente pode se apresentar enfraquecido e debilitado. O tratamento é á base de antibióticos e muitas vezes pode requerer uma internação. O médico deve ser consultado assim que surgem os primeiros sintomas. É uma doença de risco.
Muito comum, também, nessa época do ano são as rinites e a asma brônquica. Ambos os problemas podem ser causados por alergias que pioram durante o ar gelado. Respirar um alergeno como poeira, geralmente, desencadeia a rinite e os sintomas incluem coriza e espirros. A asma brônquica é uma inflamação dos brônquios, as passagens que levam o ar para os pulmões, o que provoca tosse e falta de ar. A melhor maneira de preveni-las é ficar longe de fumantes e pessoas com resfriados, comer muita fruta e vegetais frescos, ter uma atividade física regular e usar medicamentos antialérgicos recomendados por um médico.
Não podemos deixar de citar também as sinusites e otites, na maior parte das vezes de origem bacteriana, causando febre alta e dores na face ou no ouvido. Também podem ser de origem virótica, portanto aos primeiros sintomas, um otorrino deve ser consultado. As otites e sinusites, dada a proximidade com o cérebro podem evoluir para uma meningite. Todo cuidado é pouco.
Alimente-se bem, evite ambientes confinados, fique longe de pessoas resfriadas ou gripadas, tenha atividade física. Essas são as melhores maneiras de se evitar as doenças do inverno.
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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