O Brasil é um paciente em estado terminal

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O momento político financeiro conturbado por que passa o Brasil hoje, é única e exclusivamente culpa de sua população. De um lado aqueles cujo grau de instrução é limitado e não têm capacidade para entender o alcance do desastre da administração petista, iniciado com Luís Inácio e agravado com Dilma Rousseff. Do outro, aqueles cujo nível de entendimento era suficiente para ir à luta e tentar mostrar aos menos esclarecidos, o nível das mentiras e dos absurdos vendidos nas campanhas eleitorais do PT. No entanto, se omitiram, se acovardaram, empurraram com a barriga, numa atitude típica de alheamento total. Deu no que deu e, o que é pior, não temos do que reclamar.

Do ponto de vista financeiro Dilma conseguiu se superar, colocando o país de pires na mão e batendo todos os recordes negativos, ou seja, o da pior inflação dos últimos 10 anos, taxa do PIB inferior a zero, o que não acontecia há mais de 20 anos e de desemprego em ascensão, sem perspectivas de melhora. Além disso, conseguiu outro feito não menos notável que foi aumentar o descrédito da classe (ou seria bando) política como jamais visto, a ponto de terem o desprezo quase que unânime do brasileiro comum. Só aqueles que se beneficiam direta ou indiretamente do caos implantado pelo atual governo, defendem a manutenção disso que aí está, capaz de envergonhar até defunto.

Os políticos perderam tudo de uma vez só: vergonha, moral, ética, honestidade e as condições necessárias para continuarem na vida pública. Só num sistema político viciado, em que o jogo de influências e o poder de aquisição de votos fala mais alto, é que, apesar de terem perdido a capacidade de exercerem com decoro as funções legislativas, explicam tantas reeleições sucessivas. Num país sério, talvez três quartos dos atuais senadores e deputados federais já teriam sido excluídos da vida pública, relegados ao ostracismo pela derrota inexorável, nas urnas. Para finalizar 2015, com chave de ouro, entregam-se a cenas de pugilato explícito, como as divulgadas pelos jornais televisivos, na última reunião do conselho de ética, da câmara dos deputados. Esse conselho tenta iniciar o processo de julgamento do presidente da casa, metido em tantas falcatruas capazes de relegar chefões da máfia italiana e americana, a simples ladrões de galinhas. Não podemos nos esquecer, jamais, que o também presidente do senado é investigado pela operação Lava Jato, aquela que investiga o desvio de 40 bilhões de reais da Petrobras, outrora uma das mais sólidas empresas brasileiras e hoje muito próxima da insolvência. E, o que é mais lamentável, essa dinheirama toda daria para melhorar o atendimento médico à população mais carente, além de incrementar os programas sociais de que o governo tanto propaga. No entanto, o objetivo primordial dessa nódoa negra que envergonha brasileiros sérios e honestos é garantir a manutenção do poder pelo PT e seus atuais mandatários. E ainda tem gente que acredita nessas promessas e, o que é mais grave, naqueles que as fazem.

Com grande conhecimento das carências das massas mais desfavorecidas, sabem como manobrar essa parcela da população, tirando o maior proveito de seu desconhecimento da realidade do Brasil. Basta ver o pouco que foi cumprido, das várias promessas feitas por Dilma Rousseff na campanha eleitoral de 2010, para se chegar à conclusão de que somente os incautos e os pobres de espírito podem continuar chancelando o atual mandato da presidente. Além de baixar decretos de crédito suplementar sem o devido aval do Congresso, de burlar deliberadamente a lei de Responsabilidade Fiscal, Dilma e Luís Inácio mentem ao quererem passar a ideia de que a democracia está em perigo e, os culpados são os ricos, tentando ganhar através do impeachment, a eleição perdida nas urnas. Aliás, não é a democracia que está ameaçada, é o país como um todo, pois o próprio ministro Joaquim Levy admitiu que se não conseguirmos alterar o rumo do atual cenário econômico, o país quebra. 

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Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

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