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Mercado de Natal, uma joia a ser vista
quinta-feira, 05 de dezembro de 2013
No fim de semana passada voltamos à Suíça para nos encontrar com as origens da família Warol e na volta passamos por Basel (Bale, em suíço-alemão) para uma visita ao "Marché de Noel” dessa cidade.
De acordo com a Wikipédia, "os primeiros vestígios dos mercados de Natal datam do século XIV, na Alemanha, sob a denominação de Mercado de São Nicolau”, nome do Papai Noel europeu. "O primeiro relato desse tipo de evento data de 1434, sob o reinado de Frederico II, da Saxônia, na cidade de Dresden, numa segunda-feira que precedeu o Natal daquele ano. (..) Mais tarde, a Reforma os rebatizou como Cristkindlmarkt (Mercado do Cristo Criança) para lutar contra o culto dos santos. (...) O Mercado de Natal de Estrasburgo data de 1570 e o de Nuremberg, de 1628”.
A característica principal desses lugares é a venda, em vários estandes, de produtos que vão decorar as casas na noite de Natal, assim como produtos regionais (queijos, vinhos, doces, compotas, geleias, embutidos), além de pequenas lembranças e algo para degustar como vinho quente, espigas de milho temperadas (que o alemão adora), crepes, tortas (ai, que fome!), etc.
O mais gostoso desse tipo de mercado é a beleza plástica que cerca as pessoas que o frequentam, pois como têm início no principio do mês de dezembro, a neve é uma companheira constante. Se por um acaso estiver nevando, quando você estiver lá, então a felicidade é total e a emoção difícil de ser descrita. Ainda mais que o Natal, independente da sua carga religiosa, é uma festa da família, em que as pessoas estão mais abertas a se confraternizarem e a se tornarem mais humanas, nem que seja somente nessa época. Fico pensando como devem se sentir excluídas da confraternização universal essas pessoas que insistem em renegar o Natal e fingir que ele não existe. Dá pena ver a sensação de frustração daquelas crianças que nunca tiveram o prazer de acreditar, um dia, no bom velhinho, por que seus pais insistem em viver num mundo diferente.
Estamos nos aproximando do fim de nossa viagem e sinto um aperto no coração só de pensar em retornar ao Brasil e voltar a conviver com o nosso quotidiano de sempre. Não que aqui seja diferente, mas como não nos diz respeito, pouco nos importa e não precisamos nos preocupar. A França de hoje é o Brasil de amanhã, com um governo socialista, fazendo opção pelos pobres, não porque deixaria de arrecadar menos para melhorar o cotidiano dos menos favorecidos. Nessa hora do que é meu é meu o que é seu é nosso, aumentam-se os impostos e é a classe média, aquela que produz, quem paga a conta. E o que é pior ainda engrossam o coro daqueles que criticam quem tem dinheiro, a jogar os menos favorecidos contra os mais abastados. Como se os Genoínos, Josés Dirceus, Dilmas, Lulas da vida fossem mendigos.
Os dias aqui têm sido muito bonitos, com madrugadas frias, em que os termômetros chegam aos menos cinco graus, mas à tarde oscilam entre quatro e dez. Descobri que as famosas segundas-peles são um achado divino, pois significam mais calor com menos agasalho.
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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