Graças a Deus, um domingo...

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Graças a Deus no último domingo, 28, não tivemos baixaria no Senado Federal. Eleitor, o pleito para vereador e prefeito é seu vestibular para eleições mais importantes. Estude, aprenda a votar e credencie-se para escolher, com sabedoria, os próximos políticos. Lembre-se que eleição não é um balcão de negócios e sim onde se define o destino de uma sociedade, de um país.

Na realidade de nada adianta falarmos mal dos nossos políticos, um bando, com raríssimas exceções, de aproveitadores, oportunistas, sem moral e sem ética, pois eles estão onde estão porque foram eleitos pelo voto do povo.

Claro está que o tipo de democracia que temos é a da pior espécie, uma vez que nivela por baixo todos os eleitores e os eleitos são fruto da escolha da maioria. Para que ela fosse um regime confiável seria preciso que o povo tivesse cultura política, nível cultural razoável e honestidade para votar com a própria consciência e não por possíveis vantagens oferecidas pelos candidatos.

Os atuais prefeitos brasileiros fizeram várias promessas nas eleições anteriores, onde não faltaram a resolução da precariedade da saúde, da educação, da circulação e da segurança. Passados quatro anos, ouvimos dos candidatos as mesmas promessas, a maioria jamais cumprida.

O que acontece em Nova Friburgo e tantos outros municípios é um retrato fiel do que ocorre em nosso país, de norte a sul, de leste a oeste. Não tivesse Eduardo Cunha, ao aceitar o processo de impeachment da presidente Dilma, adotado como ponto de corte o ano de 2015, veríamos que as tais pedaladas começaram em 2014, quando para Dilma importava mesmo ser reeleita, não interessando os métodos para que isso virasse realidade.

O congelamento dos preços dos combustíveis, da energia elétrica e o dinheiro requisitado aos bancos públicos para gerir os programas assistenciais, desarrumaram as contas públicas brasileiras, lançando o país na maior recessão que se tem notícia, em nossa curta história republicana.

No entanto, se recuarmos mais um pouco no tempo, veremos que com a chegada do PT, do PMDB e do PP ao poder, nenhum país por mais milionário que fosse, resistiria à delapidação monetária que foi imposta à sociedade brasileira.

Instituições sólidas como a Petrobrás, quebraram ante a tamanha a roubalheira desenfreada imposta por alguns detentores do poder. No entanto, pelo mesmo efeito, talvez, de torpor coletivo que explica a ascensão de Hitler ao poder, na Alemanha nazista, Dilma foi reeleita.

Como consequência, o país quebrou e o que mais se fala é que tudo o que foi feito, o foi, para garantir os programas sociais. Ora, não devemos nos esquecer, jamais, que quando uma crise se instala, na maioria das vezes por incapacidade administrativa, toda a população sofre as consequências.

Daí que endividar uma nação para proteger os desfavorecidos não faz o menor sentido. E os 12 milhões de desempregados que temos hoje, fruto do descalabro dos governos petistas, não necessitam de socorro do estado brasileiro? Os remediados ou os mais abastados podem conviver mais tempo com os tempos difíceis, mas, com certeza, um dia chegarão ao fundo do poço.

Não há de ser com esses políticos que temos hoje, um congresso nacional de triste memória, do pior que já foi produzido pelo voto popular, que conseguiremos retomar a posição de país emergente prestes a se tornar de primeiro mundo. Aos eleitores cabe um profundo exame de consciência e a obrigação de escolher com esmero e sabedoria prefeitos e vereadores, em outubro próximo. Eles não vão governar para você em especial, eleitor, e sim para a sociedade como um todo.

Em outubro não vote com o coração, com o estômago ou com promessas vãs. Estude a capacidade, a ética e a credibilidade de cada candidato, antes de apertar o botão da urna eleitoral. Jamais vote no menos ruim, pois nesse caso é melhor não votar ou anular o seu voto. Que a escolha vai ser difícil, não tenho a menor dúvida.

TAGS:

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.