A És vencedor é uma realidade

segunda-feira, 18 de julho de 2016

A coluna de hoje é pouco usual em jornalismo, mas existem coisas que devem ser ditas, pouco importando se são corretas ou não, do ponto de vista jornalístico. Em maio fui convidado para ser editor chefe de uma revista que estava para ser lançada na cidade de Cabo Frio. A “És Vencedor” é uma publicação de variedades, cujo foco são os frequentadores das igrejas evangélicas, mas sem nenhuma conotação religiosa, não sendo, portanto, mais uma revista de cunho religioso.

Essa opção é apenas uma jogada de marketing, pois de início não será vendida nas bancas, sendo sua sobrevivência garantida pela publicidade paga e pela venda de seus exemplares nos inúmeros templos evangélicos.

Na realidade trata-se de meu primeiro trabalho profissional na área da Comunicação Social. Desde a minha formatura lá se vão quase dez anos. O problema é que como minha aposentadoria total, como médico, só se deu em maio do ano passado, eu não tinha o tempo que gostaria para me dedicar a outra atividade. E essa oportunidade chegou através da empresa Fraga e Gomes Empreendimentos e Marketing.

No entanto, nada disso teria sido realidade, não fosse a figura de Laercio Ventura, que tanta falta faz na mídia escrita de Nova Friburgo. Foi através dele e de seu jornal A VOZ DA SERRA, que como estagiário dei meus primeiros passos como jornalista. Era o ano de 2005 e fazia parte do currículo do curso de Comunicação Social, da Universidade Candido Mendes, um estágio em uma empresa do meio fosse ela jornal, rádio ou televisão. Como todo estudante, me dirigi à sede do jornal e pedi para falar com o diretor de A VOZ DA SERRA. Apesar dele ser meu paciente de longa data em meu consultório, uma coisa nada tinha a ver com a outra.

Essa entrevista rendeu frutos e Laercio abriu as portas de seu jornal para mais um estagiário, pois foram muitos os que hoje militam nessa área e que começaram sua caminhada em A VOZ DA SERRA.

Assim, comecei minha carreira de colunista e tive minhas arestas buriladas naqueles dois anos que faltavam para a formatura. Lembro, que quando escolhi o tema de minha monografia que versou sobre a fundação da rádio Sociedade de Nova Friburgo, em 1946, Laercio me alertou para as dificuldades que teria, em virtude de não haver muito material disponível, a não ser as publicações dos jornais da época e que eram semanários.

Tanto que sua entrada no ar só foi noticiada dias após o evento, pois sendo um domingo, as edições já tinham sido publicadas na véspera. Mesmo assim, ele me foi de uma ajuda inestimável, pois me indicou as pessoas que me poderiam dar informações valiosas.

Foi assim que entrevistei Rodolfo Abbud, um dos primeiros locutores da rádio; Paulo Cordeiro, afilhado de José Eugênio Muller, um dos fundadores da emissora e Dilva Maria de Moraes, frequentadora dos programas infantis de auditório e que sabia muita coisa sobre aqueles tempos.

Minha monografia foi aceita e, ainda hoje, é o único material escrito que trata especificamente do tema. Após a formatura continuei como colunista colaborador do jornal e, após o falecimento de Laercio, Adriana Ventura, sua filha e sucessora, a quem eu também agradeço muito, me manteve no jornal, de onde não pretendo sair.

Não posso deixar de mencionar os meus professores da época, em especial Cristina Magalhães e Maurício Siaines que foram meus orientadores, principalmente a Cristina que muito me ensinou sobre a técnica de escrever baseado em entrevistas.

A “És Vencedor” em seu número zero vai ter uma tiragem pequena, mas pode ser lida no site da empresa www.esvencedor.com.br, visualizadas apenas em computadores. Como temos uma seção “Cartas dos Leitores”, gostaria que quem a ler desse sua opinião, com críticas e sugestões.

O meu muito obrigado à equipe do jornal A VOZ DA SERRA e a todos que contribuíram com minha formação.

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Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

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