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Deus salve a América
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
“No ano passado, revolveres mataram 48 pessoas no Japão, 8 na Inglaterra, 34 na Suiça, 52 no Canadá, 58 em Israel, 21 na Suécia, 48 na ex Alemanha Oriental e 10728 nos Estados Unidos. Acabe com os revolveres antes que eles acabem com voce.
Deus salve a América”
Essa foto saiu na publicação Future Shorts, sábado passado. E o comentário abaixo é de uma prima que mora no Rio:
“Sempre fui contra o livre acesso às armas e nunca tive dúvida a respeito das suas consequências. Não se pode tratar as cabeça das pessoas uma a uma e é lógico e cristalino que existe uma combinação de fatores nos EUA, uma sociopatia ou coisa que o valha que propiciem ações dessa natureza, mas é justamente por isso que se deve abandoná-las. Pelo que se vê a chance de ocorrer um massacre é bastante razoável, enquanto um chefe de familia se defender de um bandido armado é ínfima. Não é apenas portar arma, é necessário espirito, treino e agressividade para dar o tiro certeiro. Quem acaba recebendo o tiro é a patroa, a criança na brincadeira desavisada, o professor, os colegas de classe e os alunos indefesos de maternal”
Vinte e seis mortos é o resultado da ação de mais um débil mental americano, aliás que capacidade para produzir débeis mentais tem o americano. E mesmo assim a resitência para a proibição da venda de armas de fogo encontra ferrenha resitência nos Estados Unidos. Newton, o local da tragédia era uma pacata cidade de pouco mais de 27 mil habitantes que, de repente, teve sua paz e tranquilidade violentadas, de maneira chocante, pois vinte desses mortos eram crianças entre cinco e dez anos, com toda uma vida pela frente.
Segundo o jornal frances L´Express de domingo passado, a senadora americana Diane Feinstein, numa entrevista à NBC, falou que ira propor uma lei para banimento dos fuzis de combate, assim que os trabalhos legislativos se iniciarem no início de Janeiro, tanto no Senado como na Câmara. O problema é o décimo segundo artigo da constituição americana, no capitulo das liberdades individuais, que garante a posse de armas.
A senadora pensa que o presidente Barack Obama vai apoiar sua iniciativa. No entanto, uma lei votada nos anos 90 durante o governo do democrata Bill Clinton expirou em 2004, no governo do republicano de George Bush, sem que as vendas de tais fuzis fossem suspensas.
Na terra dos “cowbois” onde a cultura de massa sempre mostrou que as diferenças devem ser resolvidas a bala, não é de se espantar o comportamento de alguns desequilibrados mentais, daí serem os americanos campeões disparados de tais chacinas em tempos de paz.
Que a matança desvairada daquela sexta feira trágica não seja inútil e provoque um movimento de peso que dificulte ou impeça a venda de armas de fogo, na esperança que muitas vidas, no futuro sejam poupadas.
Que esse produto “made in USA”, fique restrito ás fronteiras americanas.
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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