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2012—um ano para não se esquecido
quarta-feira, 05 de dezembro de 2012
Faltam três semanas para o Natal e 2012 está prestes a dobrar a página do tempo, tornando-se passado e dando lugar a um novo ano. É hora de reflexão, pensar no criador e buscar aquilo de bom que ele nos proporcionou no ano que se vai; fazer uma avaliação de nossos atos ao longo desse período para que melhoremos no que falhamos e consolidemos no que acertamos.
2012 foi um ano diferente, seja no plano coletivo, seja no individual, e as lições que dele podemos tirar são de grande valia para nosso crescimento como seres humanos. O escândalo do mensalão foi importante para nos devolver a percepção de que nem tudo está perdido e é possível voltar a acreditar em algumas de nossas instituições. É claro que ficam no ar algumas perguntas sem respostas como, a meu ver, a principal delas: onde Lula se encaixa em toda essa confusão, quanto ele investiu no vil metal para conseguir sua eleição? Por que a preocupação em poupar sua imagem se ele sempre esteve a par de tudo? Nunca nos esqueçamos ser Lula uma das cabeças coroadas do núcleo principal do PT como José Dirceu e Genoíno, e que o affair Rosimeri mostrou o quanto ele estava comprometido com as falcatruas engendradas pelo PT (partido dos trambiqueiros). Aliás, haja trambique nesses dez anos de governo PT. Esse pensamento não é nenhum absurdo, pois se milhões de reais foram usados para comprar deputados, para comprar a consciência do povão, precisa-se de muito menos. É por essas e outras que o PT faz o possível para emplacar uma lei da mordaça, pois sem a mídia muitos malfeitos permaneceriam desconhecidos.
2012 serviu para expor as mazelas provocadas pelo poder em quem o exerce: exacerba o mau caratismo de quem já o possui e corrompe aqueles que enveredam pela retidão de suas condutas. Poucos, mas muito poucos passam por ele indenes, continuando a serem seres honrados apesar das tentações a que são submetidos. Para felicidade geral da nação eles ainda existem.
Se por um lado quis o destino que minha neta se fosse antes de completar um ano, quatro meses depois chegava a Manoela que, com certeza, não vai substituí-la, mas vai preencher uma lacuna que se formou. É o sentido da vida, é o que nos faz ir sempre em frente.
Que em 2013 possamos mostrar ao mundo uma mudança em nossa imagem como nação, deixando para trás a pecha de não ser um país sério substituindo-a pela de um país que se faz respeitar. Podemos citar como exemplo o veto da presidenta Dilma ao projeto de lei dos royalties do petróleo, uma excrescência pura e simples uma vez que, antes de tudo, era inconstitucional. O simples fato de alterar regras que já estavam aprovadas e em execução deveriam ser suficientes para interromper sua trajetória. Não importa a orientação da presidenta, se contra ou a favor, o que importa é o respeito a nossa carta magna, daí a atitude corajosa tomada por ela na sexta-feira passada.
Se o norte e o nordeste do país querem engordar seus caixas, que o façam com o esforço do seu trabalho, não à custa do trabalho dos outros. Aliás, essa é uma consequência da maldita indústria da seca. Que investimentos os estados assolados pela longa estiagem fizeram, além de esticar o chapéu para recolher as verbas federais destinadas a melhorar a qualidade de vida de suas populações?
Vamos nos despedir de 2012 com a esperança de 2013 chegar com força total.
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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