Pequeno e grande - 1º de setembro 2011

sexta-feira, 06 de abril de 2012

As grandes empresas cada vez mais se tornam maiores e as menores cada vez mais comentem o erro de serem pequenas empresas grandes, ao invés de serem pequenas grandes empresas.

Que diabos eu estou querendo dizer?! Estou dizendo que as pequenas não devem copiar as grandes, mas se tornarem pequenas empresas vocacionadas em ofertar serviços, produtos, opções e experiências que as grandes não sabem, não podem e não focam prover.

O erro mais comum das pequenas empresas é querer pensar como grandes ao invés de pensar grande! Pensar como pequena é a grande estratégia. As grandes empresas possuem mazelas apoiadas em burocracia, controles de processos e não de satisfação, pessoas hierarquicamente longe do processo decisório, e visão sistêmica ao invés de focada, padronização de tratamento e modo de operação que beira a indiferença, bem longe da personalização.

Um pequeno negócio pode e precisa viver de um rol diminuto de clientes, com vendas mais intensas por consumidor, mais pessoais e sob medida, com tratamento personificado, nominal e diferenciado. Tratar o consumidor de forma pessoal, conhecendo as demandas individuais, preferências de horário, formato, cores, sabores, caimento, estilos e tantos outros atributos que um produto ou serviço pode possuir, é entregar a este comprador experiência de consumo que nenhuma empresa grande com seus bancos de dados eficientes jamais poderá prover.

Pequenas empresas podem e devem fomentar oportunidades de contato com o consumidor e outros decisores de compra. Além dos instrumentos padrões de comunicação, como mídias, e de ferramentas de relacionamento, como aniversários de clientes, coleções de estações e datas do calendário promocional, as ações de marketing podem e devem assumir internet e outras ferramentas de guerrilha, que inicialmente foram criadas para combater as grandes, mas já são hoje utilizadas também pelas grandes marcas na briga pelos percentuais, sejam eles quais forem, do mercado.

Fazer seu cliente ter o aconchego, um tratamento pessoal, deter informações diferenciadas a cerca dos hábitos de compras de seus consumidores, criar vínculos com a marca, através de experiências de compras positivas, são estratégias factíveis e vocacionadas ao pequeno negócio e a empresas familiares. Imitar as grandes, somente em suas virtudes, mas mesmo assim as chances são pequenas, pois sua disponibilidade, atingimento geográfico, política de preços e campanhas publicitárias, não são para quem é pequeno e pensa grande, mas sim para quem é grande e jamais pensou pequeno.

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