O Natal já começou - 10 de novembro 2011

sexta-feira, 06 de abril de 2012

Muito se tem discutido sobre a capacidade de Nova Friburgo. Com certeza vem um verão difícil pela frente, mas nem de longe o nosso pior. O nosso pior verão já passou.

Nesta perspectiva, o que não nos destrói nos fortalece, e o empresário e o trabalhador de Nova Friburgo mostraram sua capacidade de adaptação e superação ao longo deste ano, e que ninguém mais duvide de nós! Tudo bem, com as chuvas recomeça um novo ciclo, mas nem de longe algo que não consigamos resolver.

Apostar em uma venda de Natal pífia é ignorar o fervilhar da cidade, e é tão errado como supor que medidas extraordinárias não serão necessárias. Subestimar a capacidade das vendas é mirar no que não viu e acertar em absolutamente nada. O consumo está a toda.

Um grande amigo, proprietário de um salão de beleza, diante da tragédia do início do ano, relutou em abrir após a tragédia achando que era algo supérfluo e se deparou com a gratidão das pessoas e redescobriu como a autoestima tem meandros sutis.

E não se enganem, o consumo tem efeito direto sobre a autoestima das pessoas. Presentear, consumir, ser presenteado, vivenciar o processo de poder que envolve comprar, tudo isso faz muito bem ao espírito, é a boa e velha dobradinha: corpo e alma.

Na linha mens sana in corpore sano, ou “mente sã corpo são” o consumo mantém essa dualidade de nos levar às compras em momentos mais difíceis e seus efeitos se comparam a se ir ao supermercado com fome—quem já o fez, viu o tamanho do problema na conta; compramos com os olhos, a cada escolha uma nova gratificação do nosso imaginário, e isso sempre faz ficar mais cara a conta.

Investir num ambiente natalino nunca foi tão importante; fuga, disfarce, outra realidade, seja lá o que for, precisamos de fantasia, de um dia a dia melhor, mais feliz e nada incorpora mais isso que a fantasia de Natal. Gnomos, neve, renas, muito vermelho e verde, o bom velhinho, lembranças de infância, família, tudo que reforça boa lembrança é estratégia para as vendas neste Natal.

Mas não se engane, o estoque tem que estar ajustado, apostar em um janeiro fraco,pode ser muito otimismo, pois as promessas são de um janeiro ainda mais fraco que o normal, e carregar custos de estoque por longos períodos, qualquer lojista sabe o quanto isso impacta na rentabilidade de um negócio. Giro é e sempre foi palavra de ordem.

No mais, vão às compras, há quem precise do armário, há quem ficou com espaço no armário, entre perdas e doações, o consumo pode sagrar-se neste Natal como um grande aliado do empresário, do consumidor, melhorando o fluxo de caixa, a autoestima e a perspectiva de 2012 positivo, porque no fundo todos queremos deixar 2011 para trás. Que venha o Natal e 2012!

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