Ano Novo é agora - 10 de março 2011

domingo, 31 de julho de 2011

Se nos anos normais o ano novo começa após o carnaval, esse ano, embora estejamos todos mais cansados e mais estafados que qualquer março da história, mais do que nunca precisa mesmo começar agora.

Ainda que comece com prejuízo, para a maior parte dos segmentos, ainda que com atraso, mesmo que com perdas materiais, mas que comece. Começa com um alívio, o fim do verão, o fim das chuvas fortes; é o começo do fim de muitos problemas que precisam ser cuidados e geridos pelo poder público e vigiados de perto pela sociedade organizada, e que deverão nos dar uma trégua até final de novembro próximo.

O mercado vem reagindo melhor que muitos otimistas viam, vem reagindo movido pela tranquilidade dos seis meses de seguro desemprego, por conta da injeção do FGTS, pela necessidade de recompor tudo de quem não ficou com nada, mas até quando?

A capacidade de gerar riqueza e tranquilidade é o grande desafio de nossa economia. Na linha do que apregoa o marketing, não basta ser bom, é preciso parecer; a nossa economia não bastará ser rica, mas precisará também dar tal tranquilidade. Precisamos muito de segurança nos investimentos, precisamos que os empresários tenham crenças de que vale a pena permanecer investindo aqui, que teremos mão de obra capaz de trabalhar, e tal capacidade passa não só pelo preparo técnico, mas pela serenidade de se estar no trabalho e saber que, mesmo com a chuva forte, pode-se permanecer trabalhando que sua família e patrimônio estarão salvaguardados.

Agora é a hora, temos que reverter toda a entrada de capital em desenvolvimento local. As entidades precisam alinhar objetivos, forças e compor soluções que possam dar à nossa cidade perspectivas de desenvolvimento.

Nosso turismo foi atacado de forma muito significativa, é preciso, e urgentemente, vender as áreas turísticas em perfeito funcionamento e reestruturar os pontos turísticos e regiões abaladas, precisamos fazer deste inverno o melhor de todos os tempos. Eventos, beleza, estrutura, receptividade, tudo isso precisa ser feito, nossos tags, em cada produto, precisam chamar para Nova Friburgo, mas precisamos de investimentos em comunicação e de forma coordenada e unificada para se conseguir efeito que ecoe nos corações e mentes dos turistas.

2011 começou difícil, mas não precisa ser todo ele difícil. Teremos o luto com o qual teremos que conviver, mas ainda maior que o luto tem que ser a luta. Dela precisamos fazer nosso maior motor.

2011 deverá ser um ano de luta por uma cidade segura, uma cidade que tenha caminhos e planos que alcancem além de quatro anos de mandato, um ano que chegue ao fim com o alento de ter valido a pena vivê-lo, como um ano que uniu a cidade, fortaleceu sua economia, consolidou segmentos e trouxe à tona virtudes e potenciais positivos que lama alguma, jamais, será capaz de soterrar.

Feliz ano novo, que o novo 2011 que começa nessa virada pós-carnaval possa lavar nossa alma e nos permita sacudir a poeira, tão abundante, de nossas vestes e almas.

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