Colunas
Reforma da previdência
Encaminhada ao legislativo e com acalorados debates à vista, deverá chegar ao final da votação em meados de 2017.
Esta reforma leva em conta o aumento da média de vida dos brasileiros. Se hoje a média de vida atingiu os 75 anos, prevê-se para 2050 que o Brasil atinja 95 anos de média de vida.
A reforma só leva em conta as contribuições dos segurados, não acrescentando à Previdência, enquanto parte da Seguridade Social, as demais arrecadações. Teses de doutorado já defendidas e aprovadas dão conta de que, se considerarmos, conforme a Constituição de 1988, o conceito de Seguridade Social e somarmos todas as contribuições, haveria superávit, e não déficit.
Ela acaba com a diferença entre os aposentados do setor público e privado, atinge as aposentadorias e pensões que passam de pai para filho como uma herança e diz eliminar o fator previdenciário.
Sim, elimina o fator, contanto que o trabalhador que tenha a intenção de receber os proventos integrais comece a trabalhar aos 16 anos e contribua por 49 anos ininterruptos.
Se o cidadão, até por razão de estudos, financiados pelo sistema federal, iniciar a vida do trabalho aos 25 anos, só completará os 49 de contribuição aos 74 anos de idade!
Teoricamente, a vida média do brasileiro terá atingido 100 anos! Mas, hoje, a uma tão grande distância deste tempo, é difícil convencer uma pessoa de que ela estará viva ao término das contribuições.
Um fator importante, considerando o Brasil, é a condição em que os brasileiros trabalham. O outro fator é a carga de trabalho para poder ganhar mais um pouco, diante de salários muito baixos.
A verdade nua e crua é que os trabalhadores com maior escolaridade trabalharão em melhores condições e chegarão ao final das contribuições com possibilidade de uma sobrevida em torno de vinte anos. Mas, os de menor escolaridade, trabalharão em piores condições e, ao se aposentar, já terão em mãos o rascunho da certidão de óbito!
Hamilton Werneck
Hamilton Werneck
Eis um homem que representa com exatidão o significado da palavra “mestre”. Pedagogo, palestrante e educador, Hamilton Werneck compartilha com os leitores de A VOZ DA SERRA, todas as quartas, sua vasta experiência com a Educação no Brasil.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário