Candido Mendes, não é mais que um até logo... - 2 a 4 de julho 2011

domingo, 31 de julho de 2011

Há uma canção entre os escoteiros, geralmente cantada ao final dos acampamentos e reuniões, que diz assim em seu estribilho: “Não é mais que um até logo, não é mais que um breve adeus, bem cedo junto ao fogo tornaremos a nos ver”.

Ao me despedir da Universidade Candido Mendes, onde cheguei pelas mãos de Alexandre Gazé em 1983, posso lembrar a mesma música e dizer da grande satisfação de ter convivido com tantos colegas de magistério que formam com esta Universidade um grande grupo de amigos. Conheci amizades firmes e duradouras e as levo dentro da mochila pela vida nômade que assumi desde 13 anos atrás.

Tive convívios fraternos maiores que os de sangue possam proporcionar. Gazé foi, é e será um irmão um pouco mais novo que poderá contar com minha voz a seu favor pela vida afora.

Não é mais que um breve adeus porque a Universidade, através de seus diretores e coordenadores, do Roosevelt, da Janaína, do Assis, do Edmar, do Nilson, da Dra. Ivelise, do Professor Francisco, da Mônica Monnerat e de tantos outros, sem me esquecer de Conceição, Wanda e Geiza, com as quais convivi mais tempo, sabem que na medida da disponibilidade da agenda atenderei à Universidade onde for necessário e com a característica da gratuidade.

Bem cedo junto ao fogo tornaremos a nos ver e, por esta mesma razão, este meu gesto não envolve despedida. Não irei apertar a mão, nem dizer coisa alguma, porém, sempre estarei presente e atento ao necessário e, além disso, todos podem continuar contando comigo onde estiver e dentro da imprevisibilidade que a vida me reservou nos últimos 13 anos.

Adaptado à virtualidade, adepto do nomadismo e do teletrabalho, percebo que o tempo ainda reserva muito de criatividade para quem se adequa ao mundo das expertises, uma espécie de grupo quinquenário dentro da distribuição do trabalho neste início de século XXI.

O fogo que nos aqueceu nesses anos, reflexo de uma amizade que é característica da casa, continuará aceso. A Universidade marcha e, em sua passagem, transforma.

Agradeço a Deus as oportunidades que tive e desejo a todos muita felicidade!

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Hamilton Werneck

Hamilton Werneck

Eis um homem que representa com exatidão o significado da palavra “mestre”. Pedagogo, palestrante e educador, Hamilton Werneck compartilha com os leitores de A VOZ DA SERRA, todas as quartas, sua vasta experiência com a Educação no Brasil.

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