Fred, mais um ídolo na longa lista tricolor

terça-feira, 10 de novembro de 2015
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Fred comemora gol (Foto: Divulgação/fluminense.com.br)

Afinal, o que torna um atleta ídolo de um time? Não engulo muito essa coisa de idolatrias. Somos todos seres humanos, com defeitos e virtudes sucessos e fracassos, mas indiscutivelmente, algumas pessoas - e não só no campo do esporte - conseguem encantar outras. As artes, política, religião, ciências tem seus personagens marcantes, muitos deles, influenciando gerações e mais gerações. Quando essa influência é pro bem, ótimo.

O esporte sempre foi um campo profícuo na arte de produzir ídolos. Nós, brasileiros, sempre tivemos os tivemos. Alguns, eternos, outros, com passagens rápidas pelos nossos corações. Coração de torcedor, sempre na esperança de que surja alguém que se eternize dentro dele. 

Fred chegou ao Fluminense no começo de 2009, vindo da França, do Lyon. Mineiro, de Theófilo Otoni, Frederico Chaves Guedes, o nosso camisa 9, foi conquistando a torcida com seus gols e com sua raça. Dá o sangue, briga, incentiva os garotos de Xerém, bate-boca se tiver que bater e acredita sempre na vitória do Flu.  As duras críticas de sua atuação na Copa do Mundo do Brasil - que, a meu ver, foram injustas, já que não levaram em conta o péssimos esquema de jogo armado por Felipão - foram superadas com gols. Foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro no mesmo ano, mostrando que poderia ter sido bem mais útil à Seleção, caso todo o time não fosse direcionado apenas a servir Neymar.

Mas voltando aos ídolos. Num time que tem nomes como Castilho, Preguinho, Ademir Menezes, o "Casal 20", Edinho, e os jogadores da  Máquina, fica difícil entrar para a lista dos "imortais tricolores". Fred está conseguindo isso. Além de ser atualmente o 6º artilheiro do Flu, com 160 gols, vem mostrando muito amor à camisa. Vide a partida contra o Palmeiras, em que perdemos a chance de ir à final na Copa do Brasil. Visivelmente machucado, mancando, Fred foi pro campo e fez o gol que levou a partida para os pênaltis. Não deu, mas a torcida se emocionou com o guerreiro Fred. Ele não será o nosso último ídolo, mas sempre será lembrado pelo talento, garra, capacidade de dar a volta por cima, perseverança. Um ótimo exemplo para a criançada, acostumada a ver tantos  jogadores cheios de marra, de egoísmo e egocentrismo, que se acham superiores a tudo a todos, mesmo que nas entrevistas usem um discurso humilde e forjado em falsos "politicamentecorretismos". 

Que Laranjeiras seja a eterna casa de Fred.

Super Ézio, quatro anos de saudades

Dia 9 de novembro, marcou  os quatro anos de morte de um dos maiores goleadores  do Flu, o capixaba Ézio, que marcou 119 gols pelo tricolor. Faleceu novo, aos 45 anos, vítima de câncer. Atualmente é o décimo maior artilheiro do Fluzão, onde atuou de 1991 a 1995, dando muitas alegrias à torcida, inclusive os doze gols marcados contra o Flamengo.  Certamente, o Super Ézio, será sempre lembrado por todos os tricolores.

Mercado da bola

Enfim o ano está acabando. Um ano que - tirando o mico da contratação e saída de Ronaldinho, ah, e da queda vertiginosa no Brasileirão - nada aconteceu. Não ganhamos nada. Não ficamos com risco claro de ir pra segunda divisão. Não tivemos grandes destaques. Nada. Destaque positivo, mais uma vez pros jovens, principalmente Marcos Junior e Scarpa. Fred não conta, mas é só ele não jogar que o time afunda. Gerson vai sair, Kenedy já saiu. E nós, torcida tricolor, só pedimos à diretoria um melhor planejamento e boas ( que não significa caras) contratações. Principalmente na defesa. Coitado do Cavalieri. 

Ao que tudo indica, Jean vai sair. Prazo de validade vencida. Ele se cansou. Vai embora. Cícero também deve ir. Há boatos que Biro Biro, emprestado à Ponte Preta, retorne. Ainda bem. Disseram que Vinícius estava na lista de dispensas, mas não quero crer nisso.  Antonio Carlos e Henrique também devem ir embora. Não disseram para o que vieram.  A diretoria quer montar um time mais barato, mas com competência para chegar onde a torcida merece. Para isso temos Xerém.

Só nos resta aguardar e esperar que 2016 seja bem melhor.

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