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Fora, Enderson!
Não sou de pedir saída de técnico. Acho, inclusive, que isto é um dos grandes males do futebol brasileiro: a diretoria monta uma equipe ruim e, com os maus resultados, prefere culpar o treinador e, claro, substituí-lo, o que quase nunca resolve o problema.
O Fluminense não tem uma equipe muito boa, esta é que é a verdade. Quando analisamos individualmente até podemos ter a ilusão de que alcançaremos bons resultados e a primeira fase do Brasileirão até colaborou para essa ilusão. Só que na prática... O tricolor está muito carente em algumas posições. A defesa, por exemplo, vem tomando muitos gols, vários deles bem bobos. Coitado do Diego Cavalieri. completou 250 jogos pelo Flu, tomando mais um, tendo que engolir mais uma derrota. Os meias, bom, os meias são extremamente irregulares. Os volantes, idem. E vai por aí....
Alguns jogadores que poderiam fazer a diferença, estão apagados. Fred vindo de lesão, sem ritmo ainda. E o cara que chegou para ser "o cara", simplesmente não joga e não fica nem no banco. Nem na arquibancada. Afinal de contas, aonde está Ronaldinho durante os jogos, num momento em que o Flu precisa de um comandante com experiência?
E o Enderson Moreira? Quando começou a agradar a torcida, com uma série de vitórias, surgiu a contratação marketeira de R10. Não que isso seja motivo da queda de rendimento da equipe, até porque, como já dito, ele não tem feito a mínima diferença, já que nunca joga. O problema é que o técnico não consegue dar um padrão à equipe, demora a fazer substituições e quando resolve fazê-las, irrita ainda mais a torcida. O time não tem variações. Joga sempre da mesma forma. Forma ruim, diga-se de passagem.
Haja paciência.... Da quarta para a décima primeira posição na tabela. Derrotas atrás de derrotas e ninguém faz nada. Enderson ainda tira o seu da reta (desculpe, leitores, mas só falando assim) e discretamente coloca a culpa nos jogadores. Claro que eles também têm culpa. Precisamos voltar a ser o Time de Guerreiros. Ver raça em campo, mas é preciso organização e não onze jogadores formando um bando desconexo. Batendo cabeças. Não assumindo a responsabilidade, não chamando o jogo para si. O número de erros de passes é grande. O de roubada de bolas pelo adversário também.
Cadê a diretoria? Infelizmente, desta vez, engrosso o coro dos que gritam: fora Enderson!
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