Não era o dia...

domingo, 08 de novembro de 2015

Pode parecer simples, sem sentido, sem criatividade ou paixão em excesso. Não é. Ao analisar Botafogo x Criciúma, no último sábado, a sentença que resume o duelo é: Não era o dia do Botafogo. Tampouco de Ronaldo, que conseguiu, em apenas dois lances, acertar a bola três vezes na trave. Isso sem contar as duas oportunidades em que o camisa nove, substituto de Navarro e Sassá, parou no goleiro adversário. Vale a pena observá-lo melhor. Parece ter qualidade.

Contamos aqui, rapidamente, quatro momentos em que o Botafogo poderia ter balançado as redes. Fica claro que o time teve algum volume de jogo, e foi minimamente criativo. É o suficiente? Claro que não. Todos sabem que o atual Botafogo está muito aquém do que a grandeza do clube sugere e exige. Mas a análise dever ser feita dentro do contexto da limitação da equipe, e da realidade de uma série B do Campeonato Brasileiro.

Dentro desse universo estranho para os alvinegros, a única coisa com a qual a torcida botafoguense está acostumada é o inacreditável! Mas como sempre digo, a escolha pelo alvinegro mostra que existe uma capacidade diferenciada de raciocínio. E o torcedor sabe exatamente que o algo mais desse elenco é a força da camisa. São muitos erros, especialmente na defesa, que tornam a caminhada de retorno mais complicada do que deveria ser. O lance do gol do Criciúma é um exemplo clássico: Jéfferson faz a defesa e ninguém acompanha para cortar a segunda bola. Ou seja: se o melhor goleiro do Brasil não faz um milagre ou não rebate com força suficiente para afastar o perigo definitivamente, não dá para contar com a defesa. Foi assim durante toda a campanha. E teve gente dizendo que houve falha do Jéfferson... Como assim? Ele defende uma bola que quicou e ganhou velocidade próximo a ele, consegue mandar pro lado e ainda é culpado? Tentar encaixar poderia resultar numa rebatida para o meio da área, ao contrário do que manda a cartilha dos goleiros. Mas nós, alvinegros, donos de uma lucidez sem igual, incapazes de sermos influenciados pela mídia tendenciosa, não vamos dar ouvidos a quem quer escalar o Cássio como titular da Seleção Brasileira.

Resumindo, basta assistir novamente aos melhores momentos e perceber que, qualquer time normal que criasse a quantidade de chances que o Glorioso criou, venceria com certa facilidade. Não aconteceu exatamente por se tratar do Botafogo.

Nada que acontece com o Mais Tradicional do país é por acaso. Nós, escolhidos, viveremos eternamente em busca de explicações que justifiquem tantos improváveis que recheiam a mais bela história do futebol mundial. Jamais encontraremos as respostas. No entanto, a magia de buscá-las é apaixonante! Contagiante! É loucura! É Botafogo! Subiremos oficialmente na terça... O Gigante já voltou!

Em tempo, antes de terminar a coluna desta semana, gostaria de agradecer a todos que prestigiaram o texto da última semana. Alcançamos a segunda colocação entre as mais lidas de A Voz da Serra, ultrapassando colunas tradicionais do mais antigo e importante jornal do Centro-Norte fluminense, há mais de 70 anos nas bancas. Motivo de muito orgulho para este que vos escreve. E mais uma demonstração da força da torcida alvinegra. Obrigado!

Saudações alvinegras, e até a próxima! Já de volta à série A...

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