A Voz do Rio — 03/04/2016

domingo, 03 de abril de 2016

Uber x táxi

Foi um tiro no pé a manifestação dos taxistas contra o Uber na sexta-feira. Deixou o carioca mais irritado ainda com a categoria, que foi considerada, no ano passado, uma das piores prestadoras de serviço pra população. O povo começou a perder a paciência quando os taxistas promoveram um buzinaço pela madrugada. Para os idosos e crianças de colo, ou qualquer cidadão, foi um transtorno. Pela manhã, bloquearam o aeroporto e centenas de pessoas perderam os voos, fora o caos no trânsito. A maioria dos cariocas repudiou o movimento nas ruas, e alguns taxistas, sem graça, foram saindo de fininho...

Uber responde

O Uber emitiu uma nota pela manhã. Segundo a empresa, os usuários têm o direito de escolher o modo como desejam se movimentar pela cidade e que os motoristas parceiros têm que ter seus direitos constitucionais de trabalhar (exercício da livre iniciativa e liberdade do exercício profissional) preservados. Em resposta ao protesto dos taxistas, anunciou que enviou mensagem a seus usuários oferecendo R$ 20 de desconto em corridas. Com o título "O Rio não para".

Paes muda de lado

Paes defende severamente a permanência apenas dos taxistas comuns prestando o serviço de transporte. Ele também não quer perder um eleitorado  de 5.000 taxistas. Mas como “prefs” também ficou preso no trânsito depois que a categoria parou a cidade, anunciou que a prefeitura poderá cassar a autonomia dos taxistas caso as vias não fossem liberadas.

Pelas ruas

A situação piorou ainda mais quando as pessoas que dormiram de madrugada precisaram descer dos ônibus para continuar o trajeto para o trabalho a pé, em decorrência do bloqueio que os taxistas fizeram nas principais vias da cidade. Uma multidão descia dos ônibus que estavam parados na Avenida Francisco Bicalho, no Santo Cristo, na Zona Portuária, ou na Avenida Francisco Eugênio, em São Cristóvão, na Zona Norte e seguiam andando pelo canto do viaduto para chegar à Avenida Presidente Vargas, no Centro. Algumas pessoas, enfurecidas, chutaram até mesmo táxis que não estavam participando do ato.

Abre o cofre

Deu certo! A Linha 4 do metrô (Barra-Ipanema) anunciou que não iria conseguir concluir o projeto até os Jogos Olímpicos, conforme prometido, e abriram o cofre, mesmo que o prazo tenha sido adiado de vez.  O Conselho Monetário Nacional (CMN) aumentou em R$ 1 bilhão o limite para a contratação de financiamentos de obras de infraestrutura associadas à realização das Olimpíadas. A liberação tem como objetivo atender a um pedido do governo estadual para a conclusão da Linha 4. Por causa de mudanças no projeto original, ela já não ficaria pronta a tempo dos Jogos Olímpicos, mas, agora, em meio à crise financeira do estado, a entrega foi adiada para o primeiro trimestre de 2018. Tática antiga...

Deu CPI

Um pedido de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os Jogos Olímpicos de 2016 foi protocolado nesta quinta-feira pela Mesa Diretora na Câmara de Vereadores do Rio. Dezessete vereadores assinaram o documento, chegando a um terço dos 51 vereadores da Casa, o suficiente para a instalação da CPI. O objetivo é investigar todos os contratos fechados com as empreiteiras denunciadas pela Operação Lava-Jato e os possíveis aditivos de contratos.  Serão investigados também os gastos e os incentivos fiscais concedidos para a construção dos equipamentos esportivos e do legado do evento, incluindo a Linha 4 do Metrô.

Uma prévia!

O Rio de Janeiro recebe, entre os dias 16 e 22 de abril, o Qualificatório Final de Ginástica, que indica os últimos classificados para os Jogos Olímpicos do Rio, entre 5 e 21 de agosto. A venda de ingressos para o evento, que trará mais de 100 vagas para os jogos, começou nesta sexta-feira. São 331 ginastas de 62 países, divididos em três categorias (ginástica rítmica, trampolim e artística). O evento será realizado na Arena Olímpica, no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. O brasileiro Arthur Zanetti, medalhista de ouro nas Olimpíadas de 2012, será um dos competidores. Os ingressos custam entre R$ 20 e R$ 30.

No mais...

Não é só da Zika que o carioca está amedrontado. Em locais de grande aglomeração, como rodoviárias, universidades e metrôs, não é difícil ver as pessoas com álcool em gel, esfolando as mãos a cada cinco minutos. Isso porque a Secretaria Estadual de Saúde confirmou a primeira morte este ano provocada pela gripe H1N1. Nos laboratórios particulares, 70% dos exames pedidos estão confirmando o diagnóstico no paciente. 

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Alessandro Lo-Bianco

A Voz do Rio

Pai da Valentina, Alessandro foi repórter da Band News, revistas da Editora Abril, Jornal O Dia, Portal IG e Último Segundo. Atualmente é repórter do Jornal O Globo e ventila aqui na serra, todas as segundas-feiras, um pouquinho da maresia carioca.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.