Olha a faca!

domingo, 31 de maio de 2015

O mercado de bicicletas e celulares vendidos pela metade do preço no Rio está bombando. Até um conhecido estava se gabando, pois comprou por R$ 1 mil um iPhone 6. Segundo Mausy Schomaker, mãe do Alex, estudante morto em um ponto de ônibus, em Botafogo, com seis tiros, por um ladrão de celular, “quando as pessoas agem com essa ‘esperteza’, na verdade agem como membros das quadrilhas que assaltam, esfaqueiam, matam para roubar e depois receptar um aparelho pela metade do preço”. Para ela, todos que compram produtos roubados, como peças de carros, bicicletas e celulares fazem parte do esquema de ladrões e assassinos no Rio de Janeiro. “Talvez esse R$ 1 mil pagos pelo ilustre colega tenha sido o preço da vida do seu filho”. De acordo com o Instituto de Segurança Pública, o roubo de celulares aumentou em 63% nos quatro primeiros meses de 2015, quando comparado ao mesmo período de 2014. Foram 1.315 roubos ano passado, contra 2.151 neste ano.

Brasil x Japão

A obra para reconstrução de um pequeno trecho que cedeu na ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas vai durar algumas semanas, segundo Pedro Junqueira, diretor do Centro de Operações do Rio. A tubulação do local já foi refeita pela Cedae, mas ainda é preciso elaborar o plano de obras. No Japão, após um forte terremoto, uma cidade refez, em apenas 32 horas, 17 quilômetros que cederam em uma das vias. Que diferença!

Experimenta!

Procuradores do MPF do Rio reabriram um inquérito civil para apurar o uso de bombas de gás, canhão sônico e outras armas não letais utilizadas por PMs e guardas municipais durante as manifestações na cidade. A turma descobriu que, mesmo após o uso excessivo dos artefatos nas ruas, as armas ainda não foram testadas pelo Exército, como determina a Lei.

Kinder Ovo

Inspetores de Segurança flagraram, semana passada, dois bolos contendo dois celulares, no Presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão. O material foi encontrado com uma visitante e seria destinado ao seu filho, interno da instituição. No depoimento, a mãe do jovem alegou se tratar apenas de um “capricho de aniversário, com uma surpresinha dentro”.

Favela Tour

Está sendo criado no Rio um planejamento para regulamentar o turismo nas favelas. O objetivo é proibir o turismo degradante, ou seja, aquele que explora a miséria e invade a privacidade dos moradores.

Praias de cocô

De acordo com um relatório da própria prefeitura do Rio, as principais praias da Zona Sul vão mal. Análises revelaram nas areias da Praia de Ipanema e Copacabana mais de 30 mil coliformes fecais por cem gramas de areia. Eca

Chegou!

A partir do primeiro minuto desta segunda-feira, a Ecoponte se tornou a nova concessionária da Ponte Rio-Niterói pelos próximos 30 anos. O pedágio caiu de R$ 5,20 para R$ 3,70. Será construindo, em Niterói, o mergulhão sob a Praça Renascença. Na pista sentido Rio, a empresa construirá a alça de ligação com a Linha Vermelha, e no acesso à pista sentido Niterói, será implementada a Avenida Portuária. Isso me fez lembrar uma manifestação de 2013, em Niterói, quando gritavam pelas ruas: “Ô CCR, pode esperar, a sua hora vai chegar!”. Chegou!

Troca de farpas entre delegados...

Parece não ter fim a novela sobre a morte do médico esfaqueado na Lagoa. Os próprios delegados trocam acusações, o que deixa dúvidas no ar sobre a autoria do crime. Ainda faltam provas para afirmar que o menor de 16 anos apresentado seja mesmo o autor do fato. Além da bicicleta do médico não ter sido encontrada com o menor, o delegado da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, deu o caso encerrado por causa de uma testemunha que reconheceu o menor por foto. Mas o reconhecimento foi criticado pela delegada da 14º DP (Leblon), onde o inquérito foi iniciado. Isso porque a mesma testemunha afirmou naquela delegacia, no dia do crime, que não tinha a mínima condição de reconhecer, até mesmo pessoalmente, o autor do crime. Além disso, a polícia diz que o menor cruzou a cidade de bicicleta até o Jacarezinho, passando pelo Humaitá, Flamengo, Centro, mas nenhuma câmera teria flagrado o menor. Agora, outra testemunha aparece dizendo que tem a certeza de que um dos menores seria branco, diferente dos dois jovens negros, apresentados pela polícia. É esperar para ver...

Morador de rua “fofolete”

Um morador de rua resgatou um cachorrinho enquanto revirava uma lata de lixo. Segundo o veterinário Eli Brito, ele apareceu na sua clínica chorando e pedindo ajuda para “Sucatinha”. Depois de tratar o animal e aplicar vacinas, o veterinário ofereceu uma manta, mas o morador de rua respondeu: “Precisa não, eu tenho um edredom e ela vai dormir comigo”. O veterinário conta que ele o beijou de surpresa, e disse: “Deus te recompense”. Depois de uma semana, “Sucatinha” é visto todos os dias ao lado do seu melhor amigo, de fato, dividindo o edredom. Fofo... 

Melhor prevenir do que remediar...

Após ser “amaldiçoado” pelos índios, o governo mudou de ideia e construirá, na Ilha Pombeba, na Barra da Tijuca, o Museu Olímpico Brasileiro, além do Instituto Olímpico Brasileiro. No local, também será construída a sede do COB. Anteriormente, o museu olímpico seria instalado no antigo Museu do Índio, ao lado do estádio do Maracanã. Houve dezenas de conflitos entre PMs, índios e ativistas, quando o governo foi amaldiçoado durante uma pajelânça, sob alegação de que a área seria um antigo cemitério indígena. O governo preferiu se prevenir da maldição, do que remediar. Afinal, a Olimpíada precisa ser um sucesso!

Bullying

O desembargador Claudio de Mello Tavares, da 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, acatou a apelação judicial feita pela mãe de um adolescente que teria sofrido bullying dos colegas de turma em um colégio da região metropolitana. A escola foi condenada a pagar R$40 mil por danos morais, bem como as custas processuais. Sempre fui o menor de todas as turmas, o primeiro da fila. Se o tema fosse antigo, hoje eu estaria rico! O caso abre jurisprudência para todo Brasil.

No mais...

Se houvesse no Rio o devido acompanhamento, com medidas preventivas e punições aos desobedientes por parte de diversos órgãos de fiscalização (que não fiscalizam), a cidade poderia até não ser ideal, mas com certeza seria bem melhor para todos.

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Alessandro Lo-Bianco

A Voz do Rio

Pai da Valentina, Alessandro foi repórter da Band News, revistas da Editora Abril, Jornal O Dia, Portal IG e Último Segundo. Atualmente é repórter do Jornal O Globo e ventila aqui na serra, todas as segundas-feiras, um pouquinho da maresia carioca.

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