Colunas
Mulheres poderão ter spray de pimenta
Mulheres poderão ter spray de pimenta
Não sei se a medida será boa ou ruim, porque o comportamento humano é imprevisível, mas até o final de junho, mulheres poderão ter na bolsa, além de itens de beleza, spray de pimenta para se defenderem de assaltantes, perseguições, estupradores e sequestradores. O produto foi lançado ontem, 12, durante uma feira internacional de segurança pública e corporativa, no Riocentro, na Barra da Tijuca. A polêmica é que, por lei, um spray de pimenta é controlado pelo Exército. Mas, à coluna, a Condor informou que o novo spray usará como base pimenta do tipo piperina, conhecida como pimenta preta, que, ao contrário da malagueta, usada pela polícia, não faz parte do rol de produtos controlados pelas Forças Armadas. Isso pode, Arnaldo?
Elas não aguentam mais
Alunas do Colégio Pedro II, no Humaitá, foram às ruas e fizeram diversos atos pelo Facebook para denunciar casos de assédio e abuso sexual na escola. As jovens relatam atos de violência cometidos por estudantes e professores. A confusão ganhou força depois que o grêmio estudantil foi às ruas denunciar que a direção estaria ignorando as denúncias. Algumas mães procuraram o Ministério Público alegando que a escola só apura casos em que boletins de ocorrência são abertos. A polêmica cresceu, as meninas ganharam voz e alguns alunos já estão sendo expulsos em razão dos abusos, como o “passar a mão”.
Tudo combinado
Policiais ligados a empresas de segurança privada estão assediando síndicos e seguranças oferendo serviços para a retirada de pessoas de rua debaixo das marquises de prédios em ruas de Copacabana. O serviço custa aproximadamente R$ 1 mil por mês e é realizado 24 horas, segundo os PMs. Alguns comerciantes que reprovam a extorsão estão denunciando que, ao recusarem os serviços dos agentes, grupos de até 15 mendigos passaram a dormir em suas portas; ou seja, os PMs podem estar atuando em parceria com os moradores de rua.
Brigam por Pezão...
A escolha do procurador de Justiça que irá investigar ato de improbidade administrativa do governador licenciado Luiz Fernando Pezão está causando uma verdadeira guerra no Ministério Público estadual. A baixaria está tão séria, que o caso parou no Conselho Nacional do órgão. Quatro procuradores entraram com reclamações; eles denunciam que o Conselho Superior escolheu o procurador Ricardo Martins — que assina o documento e votou contra o arquivamento da investigação pelo procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira, mas que Martins foi descartado porque a diretora do órgão colegiado, Gerusa Stavridis, ficou em dúvida se era ele mesmo quem ficaria à frente da apuração, apesar da decisão do conselho. Com base no parecer do consultor jurídico Emerson Garcia, o subprocurador-geral Ertulei Laureano mandou o caso para o procurador Antônio Mesquita. Ninguém entendeu nada...
Mas ele segue internado
De acordo com assessoria de Pezão, ele apresenta “boa recuperação clínica” no tratamento contra o câncer. Licenciado do cargo, ele continua internado no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, com quadro estável e sem febre após ser identificada uma infecção cutânea no lugar onde foi inserido um cateter, perto do ombro, pelo qual ele começou a receber a quimioterapia. Na tarde de segunda-feira, 11, Pezão recebeu a visita do ex-presidente Lula, no hospital. O ex-presidente estava na cidade para um discurso nos Arcos da Lapa, num ato contra a saída da presidente Dilma.
Unidades de Pronta Angústia
A crise no estado do Rio tem levado pacientes ao desespero em diversas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Diversos funcionários promovem paralisações diárias limitando o atendimento às emergências de forma totalmente precária. E não apenas as UPAs. Os hospitais Getúlio Vargas, Carlos Chagas, Azevedo Lima também funcionam com as mesmas condições. Basta um dia no pátio destas unidades para que o leitor fique chocado com a quantidade de óbitos registrados no período da manhã, e durante a madrugada.
“Medoceito”
Medo com preconceito. Essa é a reflexão que fazem no Rio após a divulgação de uma manifestação contra o impeachment da presidente Dilma. Isso porque a Furacão 2.000 organiza uma manifestação na orla de Copacabana, com moradores das comunidades do Cantagalo, Rocinha, Vidigal e Pavão-Pavãozinho. A expectativa é de 100 mil pessoas. Aqueles comentários extremamente preconceituosos já começaram a circular entre moradores do bairro e a polêmica promete.
Zikou para o Rio nos EUA
Anne Schuchat, vice-presidente do Centro de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, afirmou durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, em Washington, que atletas americanas grávidas devem evitar ir aos Jogos Olímpicos do Rio por causa do zika vírus. Anne explicou que a recomendação não se restringe apenas às atletas, mas a qualquer grávida americana. Ela também defendeu que os esportistas americanos no Rio saibam do risco de contaminação do vírus sem manifestação de sintomas e que, mesmo quando voltarem aos EUA, devem evitar sexo sem proteção para não levar o vírus ao território americano.
Cinquentão
Após taxistas pararem a cidade em protesto contra os motoristas do Uber, a juíza Ana Cecília Argueso Gomes de Almeida, da 6ª Vara de Fazenda Pública do Rio, decidiu liberar a atuação dos motoristas credenciados ao aplicativo, até que seja regulamentado pelo poder público. Com a decisão, as autoridades não poderão aplicar multas, apreender veículos ou impedir a atividade. Em caso contrário, a multa será de R$ 50 mil por cada ato.
Desculpas à PM
O colunista cometeu um erro na publicação do último dia 6, quando citou que a coordenadoria de Recursos Especiais (Core) — responsavel pela morte de cico suspeitos em Acari, no início do mês — seria um grupamento da Polícia Militar. Na verdade, a Core é subordinada à Polícia Civil.
Alessandro Lo-Bianco
A Voz do Rio
Pai da Valentina, Alessandro foi repórter da Band News, revistas da Editora Abril, Jornal O Dia, Portal IG e Último Segundo. Atualmente é repórter do Jornal O Globo e ventila aqui na serra, todas as segundas-feiras, um pouquinho da maresia carioca.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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