Linha 4 do terror

terça-feira, 14 de junho de 2016

Segurança e Educação 

Terror total na Escola Municipal João Kopke, em Piedade, Zona Norte do Rio. Nesta segunda-feira, 13, um bando armado invadiu o colégio, trancou alunos e professores nas salas e promoveu um enorme arrastão. Eram 21h quando os homens entraram. Além dos pertences, dois carros da instituição foram levados. Professores foram agredidos com chutes e socos pelos bandidos. Os alunos e docentes ficaram traumatizados. O colunista também.

Balas atingem creche

No dia seguinte, mais pânico. Duas balas perdidas acertaram a creche do campus da FioCruz, vizinha à comunidade de Manguinhos. De acordo com a instituição, as balas são de pistolas calibre 45. Uma bala acertou o telhado e a outra o pára-brisa de um carro. Da forma como as balas foram encontradas, se uma criança estivesse na frente estaria, a essa hora, com papai do céu.

Risco online

Terminou bem, nesta terça-feira, 14, o caso da adolescente de 15 anos que havia desaparecido no aeroporto Internacional Tom Jobim, no último dia 8, durante uma conexão para Fortaleza-CE. Ela conheceu um homem de 25 anos pela internet e, sem mais sem menos, abandonou a família no aeroporto e foi para casa do desconhecido no Caju. Muitas pessoas denunciaram a presença dela no bairro e a menina aceitou se encontrar com a polícia, também no aeroporto, e retornar para casa dos pais. Teve sorte. Poderia ter sido um encontro com a morte.

Linha 4 do terror

Uma cratera se abriu na Rua Nascimento Silva, depois que uma avalanche de produto químico inundou calçadas e causou quedas de luz e explosões de gás. De tudo um pouco ocorreu nas intermináveis obras do Metrô que encerraram comércios e vitimaram pessoas em Ipanema e no Leblon, seja dentro do canteiro de obras, seja no entorno, com quedas de aduelas nas cabeças de pedestres e afins. Tudo tramitando em segredo de Justiça. E como se não bastasse, o presidente em exercício Michel Temer não confirmou que irá disponibilizar as verbas necessárias para finalizar as obras. Ele avisou ao governador, também interino, Francisco Dornelles, que “semana que vem olha isso”, durante a visita ao Parque Olímpico do Rio, nesta terça-feira, 14.

Confusão

Um homem foi enforcado e preso por um segurança da presidência durante um protesto contra o presidente interino Michel Temer no complexo esportivo. A confusão aconteceu quando manifestantes se aproximaram do estacionamento e um dos seguranças aplicou uma gravata em um jovem negro, que foi duramente torturado e agredido por cerca de dois minutos de forma abusiva. As imagens ganharam as redes sociais e, na saída, Temer preferiu não comentar o ocorrido.

Falta informação para o informante

As redes sociais estão repletas de queixas e reclamações dos voluntários dos Jogos Olímpicos. A poucas semanas do evento, centenas de “volotários”, como estão sendo chamados em alguns grupos, reclamam que receberam a carta de convocação dos jogos, mas sem orientações, como escala com datas e horário de trabalho, dados da função de cada um e das instalações que devem comparecer. Um voluntário postou: “Estou desistindo também. Mesmo se tiver algo já definido para mim, não vou. Falta tão pouco que treinar na função, nem pensar ou nem pensaram nisso. O pior é que nem sei ainda o que farei.” Chocante!

Se aqui está assim...

Imagina para 60% dos voluntários que se candidataram e foram aprovados em outros estados para trabalhar nas olimpíadas e que, até agora, também não receberam mais informações além da confirmação. “Como podemos planejar nossa viagem ainda sem qualquer tipo de informação?’, postou uma colaboradora do Paraná. Se esses voluntários realmente não forem chamados, poderemos estar diante de um grande calote de recursos humanos, além de uma enorme fraude na apresentação do número de voluntários no orçamento dos jogos.

No mais...

Alguns colaboradores que receberam as cartas de aprovação, depois de meses sem qualquer informação, já acordaram e atentaram que não será mais agora que serão chamados. Afinal, faltam menos de dois meses para o início da competição. É investigar pra ver.

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Alessandro Lo-Bianco

A Voz do Rio

Pai da Valentina, Alessandro foi repórter da Band News, revistas da Editora Abril, Jornal O Dia, Portal IG e Último Segundo. Atualmente é repórter do Jornal O Globo e ventila aqui na serra, todas as segundas-feiras, um pouquinho da maresia carioca.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.