Sim à vida

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Caros amigos, vivemos tempos difíceis em nossa sociedade. Parece crescer a cada dia a temível "cultura de morte” que, disfarçada de modernidade e progresso, quer derrubar os alicerces que protegem a vida, desde seu primeiro momento até ocaso natural.

A vida humana é um valor em si mesmo, é um dom de Deus! Porém, não obstante seu valor, é também limitada e frágil; por isso, uma sociedade verdadeiramente justa é aquela que protege e promove a vida de todos.

Onde a vida precisa ser protegida? Onde ela é mais frágil e ameaçada: em seus momentos iniciais, na fecundação, no período de gestação e nos seus últimos momentos, debilitada pela idade ou pela enfermidade. O Ministério da Saúde deve proteger e cuidar da vida, justamente nas etapas mais débeis.

Um projeto de sociedade que ignora a dignidade humana e só procura o lucro e a produção, em prol do bem-estar de alguns atendendo a interesses em escala mundial, está em curso. Também no Brasil, pressionam o Governo Federal a aprovar algo que é inteiramente contrário aos princípios religiosos e morais da população brasileira.

Quando, no ano passado, a Lei n. 12.845/2013, que aparentemente dispunha "sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual”, foi sancionada pela presidente da República, muitos diziam que o Governo não estava se referindo ao aborto, mas ao cuidado das mulheres assediadas. Entretanto, este ano, uma portaria do Ministério da Saúde demonstrou com clareza a intenção daquela lei quando disse que "a interrupção da gestação/antecipação terapêutica do parto” custará R$ 443,40.

Não há argumento que desminta estes fatos! Não podemos esquecer que o aborto é um assassinato, morte intencionalmente provocada de um inocente!

O Papa Francisco qualificou o aborto como "descarte de seres humanos”, fruto da crueldade da "cultura do descartável” (13/01/2014). O fato de que o aborto seja praticado por muitas mulheres não muda a injustiça deste ato. Além disso, sua legalização servirá aos interesses de muitos homens: pais, namorados e maridos, que já se utilizam desta violência contra as mulheres, obrigando-as ao aborto. Isto não é uma expressão de liberdade, mas sim do desejo de instrumentalizar a vida, que pertence a Deus.

Nada se fala sobre os traumas físicos e psicológicos decorrentes da interrupção da gravidez. Propositadamente, não se considera todos os aspectos da questão. Quer-se dar uma resposta fácil e barata para um problema complexo. Vivemos tempos difíceis em nossa sociedade.


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Dom Edney Gouvêa Mattoso

A Voz do Pastor

Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.

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