Seguir a estrela

terça-feira, 08 de janeiro de 2013

Caros amigos, uma das mais belas histórias do natal é a viagem dos Sábios do Oriente até Belém. Representações deste encontro estão presentes em nossos presépios e cartões e trazem o sentido profundo da abertura do Evangelho a todas às nações e a possibilidade de todos o acolherem pela fé: este é o mistério que celebramos na festa da Epifania.
O Santo Padre, o Papa Bento XVI, quando esteve em Colônia, onde se veneram piedosamente as relíquias dos três reis magos, nos indica uma reflexão sobre este mistério, quando disse: “Por que os Magos, de países longínquos, foram até Belém? A resposta está ligada ao mistério da ‘estrela’ que eles viram ‘surgir’ e que identificaram como a estrela do ‘rei dos Judeus’, ou seja, como o sinal do nascimento do Messias (cf. Mt 2, 2). Portanto, a sua viagem foi motivada pela força de uma esperança que, na estrela, obtém a sua confirmação e recebe a sua guia até ao ‘rei dos Judeus’, até à realeza do mesmo Deus. Porque é este o sentido do nosso caminho: servir a realeza de Deus no mundo. Os Magos partiram porque nutriam um grande desejo, que os levava a deixar tudo e a pôr-se a caminho. Era como se desde sempre esperassem aquela estrela. Como se aquela viagem estivesse desde sempre inscrita no seu destino, que agora finalmente se realizava” (19/08/2005).
Assim, a estrela se torna símbolo de nossa vocação à santidade e da resposta que devemos dar a Deus. Todos os homens e mulheres são chamados a participar da vida bem-aventurada (cfr. Catecismo, 1). Somos convidados a uma “jornada da fé” em Cristo que está inscrita em nosso coração e em nossos anseios mais verdadeiros de felicidade e plenitude. Assim como os Magos viram na estrela o sinal indicativo da vontade de Deus, devemos procurar na Palavra Divina a direção de nosso itinerário de fé.
“A porta da fé—ensina-nos o Santo Padre—, que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira” (PF, 1).
Celebrar o Natal é solidarizar-se com os magos e com os pastores em sua descoberta natalina. É permitir que Deus entre em nossa vida, que Ele seja o seu centro, o fim de nossa jornada e o incentivo de cada passo. Proponho que o seguimento fiel desta “estrela da fé” seja uma missão particular para o ano que inicia e para toda a nossa vida.

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Dom Edney Gouvêa Mattoso

A Voz do Pastor

Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.

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