A resposta católica

Caros amigos, ontem celebramos a solenidade de duas fortes colunas da Igreja de Jesus Cristo: São Pedro e São Paulo. Homens de temperamento, origem e história muito diferentes, mas que, por desígnio divino, trabalharam na mesma obra de expansão do Evangelho e deram a vida derramando seu sangue por amor a Jesus Cristo, um através da espada e outro da cruz.

Em suas cartas e em sua vida, estes dois santos deixaram orientações preciosas para a Igreja de Deus e foram inspirados pelo Espírito Santo. Uma destas será o tema de nossa reflexão de hoje: “Se tiverdes que sofrer por causa da justiça, felizes de vós! Não tenhais medo de suas intimidações, nem vos deixeis perturbar. Antes, declarai santo, em vossos corações, o Senhor Jesus Cristo e estai sempre prontos a dar a razão de vossa esperança a todo aquele que a pedir. Fazei-o, porém, com mansidão e respeito e com boa consciência” (IPe 3, 13-16).

No período da perseguição romana, os cristãos não podiam usar símbolos patentes de sua fé, por isso diz: “Declarai santo, em vossos corações, o Senhor Jesus Cristo” (v. 15); entretanto, há uma coisa que, mesmo em tempos difíceis, não é lícito aos cristãos omitir: a sua fé. Este é o tesouro que os apóstolos defenderam e propagaram com a vida, esta é a missão que Nosso Senhor nos deu no momento de sua ascensão, esta é a “razão de nossa esperança” (Idem).

Muitas serão as tentações para calar o anúncio da verdade: às vezes pelo medo, às vezes pelos respeitos humanos, às vezes por interesses materiais, pelas paixões mal direcionadas, e muitas outras. Em todas elas, enfrentaremos nossos piores inimigos interiores e exteriores. Deus nos defenda destes “vilões”, pois se chegarem a conquistar o nosso coração, transformar-nos-ão em adversários da cruz de Cristo.

São Pedro e São Paulo, amigos de Deus, não calaram sua fé. E de que modo a proclamavam? “Com mansidão e respeito, e com boa consciência” (v. 16). Este final da citação recorda-nos que além do conteúdo da fé, os apóstolos transmitiram também o modo correto de vivê-la. O testemunho que atrai e seduz as almas, tendo seu supremo exemplo em Jesus Cristo, foi passado de Mestre para mestre e é contundente até nossos os dias.

Quantos se afastaram de Deus pela falta de mansidão, respeito e boa consciência dos cristãos? E quantos se aproximam d’Ele por encontrarem estas características na acolhida da comunidade? Nunca abramos mão de nossa fé! Nem de seu conteúdo, nem de seu admirável modo de se expressar. Deus abençoe a todos.