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Os santos e a evangelização
Caros amigos, na última coluna, terminamos nossa reflexão afirmando que a coerência entre fé e vida é a expressão mais persuasiva do Evangelho. Este ponto tem especial relação com todos os santos e santas, canonizados ou não, da história da Igreja. Pois, por sua coerência de vida, eles são referências para o povo cristão que caminha para Deus. São como marcos luminosos que indicam o caminho, mesmo quando passamos por momentos de escuridão e incerteza.
No dia primeiro de novembro, recordamos todos os santos que estão no céu, mesmo os que não foram reconhecidos pela Igreja, por viverem, provavelmente, aquela santidade escondida e perseverante que tanto agrada a Deus (Cfr. Mt 6, 1-6). De fato, o livro do Apocalipse fala de “uma multidão que ninguém podia contar, gente de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro, vestiam túnicas brancas e traziam palmas na mão” (Ap 7, 9).
É confortante saber que não caminhamos sozinhos e nem somos desbravadores de um caminho novo ou extravagante, mas que muitos irmãos e irmãs ao redor do mundo assumem conosco a exigente tarefa da santidade, e que todos trilhamos um caminho já aberto por milhares de pessoas que, apoiadas na firme esperança do Evangelho, aprenderam a superar o drama de sua própria existência.
Eles legaram-nos um testemunho pessoal de vida em Cristo, e, por isso, sentimo-nos atraídos a seguir os seus passos. Este é o motivo de nossa alegria ao celebrarmos a Festa de Todos os Santos: eles já se encontram ao lado de Deus e nós, como eles, queremos também ir para o céu e estar com o Pai por toda a eternidade.
Quando alguém decide-se seriamente por este caminho, não está escolhendo a opção mais fácil, mas deixa invariavelmente um rastro de bem. Assim, inseridos em sua realidade concreta, constroem a cidade terrena, oferecendo suas vidas a Deus (Cfr. Rm 12, 1). O modelo de seus passos é o próprio Jesus Cristo, que “passou pelo mundo fazendo o bem”. (At 10, 38)
Por isso, mais importante do que ser devoto do santo é ter a devoção que ele praticou, ou seja, imitar o sublime exemplo dos verdadeiros cristãos, entregar a vida a Deus e encontrar n’Ele o sentido de nossos dias nesta terra.
Dentre os verdadeiros cristãos, surge com especial fulgor a Santíssima Virgem Maria, Rainha de todos os santos. Ela iluminou e ilumina o caminho dos discípulos de Jesus Cristo, pois com seu “sim” trouxe ao mundo “o Caminho, a Verdade e a Vida”, via excelente que nos leva à santidade.
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
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