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O futuro é dos que nascerão - 1º de novembro 2011
Caríssimos amigos, iniciamos nossa profissão de fé dizendo: “Creio em Deus Pai criador do céu e da terra”.
Professar a fé no Criador é crer que o mundo não foi criado e nem é governado pelo acaso, mas que foi feito pela Sabedoria divina e tem um lugar em seu plano eterno de amor.
Neste cenário, o homem possui uma especial dignidade, sendo a única criatura visível que pode gozar da amizade com o Senhor do céu e da terra, ou seja, entrar na vida eterna. O homem é um ser amado pessoalmente. Cada um de nós é chamado por Deus pelo nome e ocupa um espaço único no universo.
A sociedade brasileira, que infelizmente a cada dia se faz mais consumista e materialista, vem caminhando, sobretudo nas esferas de nosso poder representativo, para a legalização do aborto. A Igreja, em conjunto com todos os demais homens e mulheres de boa vontade, vê claramente na prática da interrupção voluntária da gestação um crime contra a dignidade da pessoa humana e uma grave ofensa a Deus, que é o único Senhor da vida.
Assim, a legalização do aborto é uma violência contra a natureza, é o assassinato de vidas indefesas, é negar a estes seres humanos seu direito de dar sua única e insubstituível contribuição ao mundo.
O Santo Padre, o papa Bento XVI, faz uma lúcida apreciação sobre o tema em sua última encíclica social: “A abertura moralmente responsável à vida é uma riqueza social e econômica. Grandes nações puderam sair da miséria, justamente graças ao grande número e às capacidades dos seus habitantes. Pelo contrário, nações outrora prósperas atravessam agora uma fase de incerteza e, em alguns casos, de declínio precisamente por causa da diminuição da natalidade, problema crucial para as sociedades de proeminente bem-estar”. (Caritas in veritate, 44).
A descriminalização do aborto demonstra uma clara desconfiança no futuro e um autêntico cansaço moral: é o descrédito do próprio homem. Como crescerá uma sociedade que não é capaz de acolher seus novos cidadãos? Onde encontrará ela as soluções práticas de seus problemas senão em suas “cabeças” e “corações”?
A riqueza de uma nova vida humana é incalculável e igualmente inimaginável é a perda de um só destes pequeninos.
Que nesta questão ultimamente tão discutida e que envolve tantos e grandes interesses, prevaleça o bom senso e a verdade e não a ganância e os interesses de particulares. Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira dos que nascerão, rogai por nós!

Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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