Nosso ponto de encontro - 11 de janeiro de 2011

Caros amigos, uma das melhores experiências que podemos ter nesta vida é o encontro com aqueles que queremos bem. “Deus, que por todos cuida com solicitude paternal, quis que os homens formassem uma só família, e se tratassem uns aos outros como irmãos” (GS 24). Ninguém pode negar a natureza social do homem, que nasce em uma comunidade (a família) e se desenvolve também em sociedade.

Este “encontro” que temos todas as semanas, por meio dos artigos da Voz do Pastor, são também importantes, pois por eles posso me aproximar mais, meus irmãos e irmãs. Entretanto, nunca poderemos substituir o encontro pessoal por qualquer outro veículos de comunicação.

Desde que cheguei à querida Diocese de Nova Friburgo, procuro estar pessoalmente em todas as paróquias, conhecer os padres, diáconos, religiosos(as) e as pastorais; partilhar a mesa com meus diocesanos, pois entendo que este é um meio insubstituível de evangelização, sem contar o que de prazeroso há em conhecer novas pessoas e realidades.

Quando identificamos nos tempos hodiernos pessoas que se relacionam muito mais no vídeo do que na vida, nos perguntamos pelo motivo deste fenômeno: talvez seja a comodidade de comunicar-se simultaneamente com várias pessoas sem sair de casa, ou ainda a distância geográfica imponha o uso de tais meios. Contudo, o que também acontece com frequência é que as pessoas procuram um subterfúgio para o compromisso natural, e às vezes comprometimento, que gera o contato interpessoal.

É famosa a frase do livro O Pequeno Príncipe, que diz: “Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas”. Quando Deus dispôs o mundo de modo a que vivêssemos em comunidade, e progredíssemos juntos para o bem comum, dispôs também que o ser humano amasse seus semelhantes, e o amor verdadeiro sempre envolve compromisso.

Aceitar as pessoas como elas são e ser capaz de conviver também com os próprios defeitos e virtudes é um desafio. Amar não é somente aproveitar o que há de bom nas pessoas, mas aceitá-las como são, com o compromisso de fazê-las crescer pelo amor.

É impressionante a velocidade e impessoalidade que propicia o computador ligado à rede mundial. Multiplicam-se os blogs, as redes sociais, as comunidades virtuais, mas aumenta a distância que temos uns dos outros, como o demonstram as graves necessidades sociais e poucas iniciativas caritativas que surgem todos os dias. Por isso, desejo que neste novo ano de 2011 nosso ponto de encontro seja o Amor de Deus e o amor aos irmãos. Até a vista!