Nossa esperança para o Natal - 7 de dezembro.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Caro amigo leitor, chegam as festas natalinas. Notamos sua aproximação pela liturgia, pelos enfeites das casas e ruas, pelas promoções das lojas, pela impaciência das crianças.

Causa-nos alegria ver as crianças em crescente euforia pela chegada do natal. Todas estão atentas às novidades que chegarão, seu mundo se enche de fantasia. De algum modo, todos os homens se alegram nesta data e nossa fé nos impulsiona a alargar as fronteiras do nosso coração para os bons desejos.

É claro que os melhores sentimentos do Natal ainda não conseguem resolver todos os nossos problemas, mas eles nos fazem vislumbrar uma realidade muito melhor: o mundo que Deus quer nos dar de presente.

Convida-nos à reflexão o que escreveu o Santo Padre Bento XVI em sua encíclica Spe Salvi de 2007: “O homem, na sucessão dos dias, tem muitas esperanças – menores ou maiores – distintas nos diversos períodos da sua vida. (...) Mas quando estas esperanças se realizam, percebemos com clareza que em realidade, isso não era a totalidade. Torna-se evidente que o homem necessita de uma esperança que vá mais além. Vê-se que só algo de infinito lhe pode bastar. Neste sentido, a época moderna desenvolveu a esperança da instauração de um mundo perfeito que, graças aos conhecimentos da ciência e a uma política cientificamente fundada, parecia tornar-se realizável. (...) Entretanto, com o passar do tempo, fica claro que esta esperança escapa sempre para mais longe.(...) Precisamos das esperanças – menores ou maiores – que, dia após dia, nos mantêm a caminho. Mas sem a grande esperança que deve superar tudo o resto, aquelas não bastam. Esta grande esperança só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir”. (n.30-31)

Meus amigos, o nosso Natal não pode resumir-se a uma brincadeira, cartões de papel e melhores sentimentos, mas deve afugentar nosso pessimismo de uma vez por todas.

Nossas obras sozinhas não realizarão nossos anseios de humanidade, nem mesmo merecerão este universo, entretanto quando procuramos dar sempre o melhor de nós mesmos, desde o sorriso cotidiano, passando pela honestidade em nossas obrigações diárias, e chegando até as decisões importantes, estamos agindo em sintonia com a vontade de Deus.

Deus, o verdadeiro Senhor da história, nos dará, no tempo de seu desígnio de amor, o mundo que todos queremos. Celebremos nosso Natal unidos a Ele também pelas obras, para que em sua chegada nos encontre aptos para o mundo que Ele quer nos dar.

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Dom Edney Gouvêa Mattoso

A Voz do Pastor

Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.

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