Liberdade e verdade

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Caríssimos amigos, desde o início de seu pontificado, o Papa Bento XVI, vem sofrendo, uma após outra, graves investidas da imprensa anticlerical, ao mesmo tempo em que suas palavras e atos que realmente fazem parte de sua rotina, e que são de extrema relevância para o mundo e seus problemas, são ocultados ou silenciados de tal modo que só podem chegar a nós em páginas e sites altamente especializados.

As informações que nos chegam através desse tipo de imprensa passam a falsa impressão de imparcialidade, porém é visível uma articulada orquestra que transmite ao grande público somente as informações filtradas por uma fina malha de interesses.

Há uma tendência de se reduzir o jornalismo a simples e fria transmissão de determinadas visões sobre uma questão. Ato que se esconde atrás da falácia de que “cada um tem sua verdade”, de que, ao fim, a verdade não pode ser conhecida. Não há a preocupação com a verdade em si, mas simplesmente com a manipulação da informação segundo seu impacto na sociedade: “O fato”.

No mundo moderno há uma mordaça para a verdade que se chama “relativismo”, e qualquer tentativa de proclamar uma verdade única é imediatamente ridicularizada e tachada de totalitarismo e intolerância.

Impressionantemente, um dos ensinamentos mais reiterados de Bento XVI é justamente a crítica a esta “ditadura do relativismo”.

Desde seus tempos de cardeal, o Santo Padre denuncia este mal silencioso que vem dominando as cabeças e os corações dos homens e mulheres de nosso tempo. Seu mais eloquente discurso a este respeito foram suas últimas palavras públicas antes de sua eleição pontifícia: “Quantos ventos de doutrina conhecemos nestes últimos decênios, quantas correntes ideológicas, quantas modas do pensamento: (...) do marxismo ao liberalismo, até à libertinagem, ao coletivismo radical; do ateísmo a um vago misticismo religioso; do agnosticismo ao sincretismo e por aí adiante. (...) Enquanto o relativismo, isto é, deixar-se levar ‘aqui e além por qualquer vento de doutrina’, aparece como a única atitude à altura dos tempos hodiernos. Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo que nada reconhece como definitivo e que deixa como última medida apenas o próprio eu e as suas vontades”. (Homilia—18/04/2005).

Uma valiosa arma para que não sejamos simplesmente uma massa de manobra a serviço dos interesses de outros é nosso sentido crítico e cristão. Não podemos ser “passivos na informação”, mas procurar entender o que nas entrelinhas quer ser transmitido pelo autor.

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Dom Edney Gouvêa Mattoso

A Voz do Pastor

Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.

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