Feliz aquele que ama o Senhor

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Caros amigos, estamos nos aproximando de um novo ano. Para aqueles que acreditam em Deus, o otimismo é consequência necessária do caminho de fé, pois procuramos amá-Lo com mais ardor e estamos mais  dispostos para acolher sua graça, que não se esquiva de ninguém que a pede.

Assim, estes dias são tempos de renovação das esperanças e dos propósitos. Só valerá a pena esperar o melhor para o ano vindouro, se formos generosos em nossos bons propósitos, com o desejo sincero de crescermos no bem.

São Pedro propõe-nos um caminho concreto de crescimento, que poderia ser bem acolhido para o próximo ano. Diz: "Dedicai todo esforço em juntar à vossa fé a fortaleza, à fortaleza o conhecimento, ao conhecimento o domínio próprio, ao domínio próprio a constância, à constância a piedade, à piedade a fraternidade, e à fraternidade, o amor. Se estas qualidades existirem e crescerem em vós, não vos deixarão vazios e estéreis no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo” (IIPe 1, 5-8).

Só em Deus está nossa verdadeira felicidade. E os caminhos que nos aproximam Dele, mesmo que se entrecruzem com as pedras das contrariedades, ainda assim são caminhos de alegria.

Se pararmos para pensar, perceberemos que a infelicidade é a consequência da queda dos ídolos pessoais que colocamos como substitutos de Deus. Quando acreditamos que nossa felicidade depende da aquisição de um produto, do resultado de uma avaliação, do cumprimento de nossos planos, ou de qualquer outra criatura; percorremos um caminho de frustração, pois sobre estas bases tão pobres não podemos construir o edifício de nossa felicidade.

Os santos o demonstram maravilhosamente, quando perseveram, mesmo contra este mundo, em cumprir os mandamentos de Deus. O início dos bons propósitos é a fé, que dá a certeza do que o coração humano almeja. A isto se acrescenta a virtude da fortaleza, para vencer os obstáculos do caminho, que não pode ser abandonado. Uma vez no caminho certo, precisa-se conhecer melhor a Palavra de Deus e a si mesmo, para dominar as paixões. A perseverança no domínio próprio alcança a constância no bem. A virtude da piedade é a ternura filial para com Deus, que desvia o homem de um caminho de mera perfeição pessoal, para a participação na vida divina pelo amor. A vida de fraternidade e o amor são testemunhos para o mundo, de nossa pertença a Deus: "Nisto conhecerão todos que sóis os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35).


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Dom Edney Gouvêa Mattoso

A Voz do Pastor

Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.

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