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Educação sexual para jovens e crianças
Caros leitores, vimos tratando sobre o tema da educação. O homem não nasce pronto, nem aprende por instinto, é um ser que precisa aprender a viver em sociedade para crescer em humanidade. O desenvolvimento harmônico da personalidade humana revela progressivamente em si a imagem de Deus.
Dentro do campo educativo não poderíamos deixar de tratar, portanto, a educação sexual, que é um tema central para a formação humana.
A sexualidade é um componente fundamental da personalidade, é um autêntico modo de ser e manifestar nossa natureza humana: “Do sexo derivam na pessoa humana as características que, no plano biológico e espiritual, a tornam homem ou mulher, condicionando assim e normalmente o caminho do seu desenvolvimento em ordem à maturidade e a sua inserção na sociedade”. (Declaração Persona humana, 1)
Um fato que perturba gravemente uma sadia educação sexual é o ambiente erotizado que constantemente é forjado pelo marketing e por outros muitos interesses particulares que se distanciam da verdadeira preocupação com o bem do ser humano.
Tal ambiente influi diretamente sobre a escola—alunos e professores—e cria um ambiente extremamente confuso e relativista, que impede qualquer tentativa séria de discurso racional sobre o assunto. Em muitos centros a educação sexual se fez refém da “ideologia de gênero”, que tenta mascarar a própria natureza mais patente das coisas, dissolvendo a definição mesma do que é ser homem ou mulher; em outros a educação sexual transforma-se em uma sórdida propaganda do uso irresponsável da genitalidade, em profunda discordância com os direitos da criança e do adolescente. Fatos que criam verdadeiras contradições. Por exemplo: vivemos em um país que, por um lado, defende com afinco os direitos da criança e do adolescente, vulneráveis a influências negativas e coações exteriores, também na ordem do exercício da sexualidade, e que, por outro, incentiva a distribuição indiscriminada de preservativos a crianças e adolescentes nas escolas públicas.
A educação na sexualidade deve ser aplicada de maneira positiva e pudente, segundo o grau de desenvolvimento de cada um e em face às exigências pessoais que este campo apresenta. A sexualidade deve ser tratada como uma riqueza da pessoa humana—corpo, sensibilidade e alma—e manifesta seu íntimo significado ao levar a pessoa para o dom de si no amor. Assim, a educação sexual deve proporcionar o devido conhecimento da natureza e importância da sexualidade, tendo em vista o bem do ser humano.
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
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