Deus nos livre de todo tipo de corrupção!

terça-feira, 19 de abril de 2016

Caros amigos, Jesus Cristo, Nosso Senhor, assumiu nossa humanidade fazendo-se semelhante a nós em tudo, menos no pecado, e quis ser nosso servidor até a extrema oblação de seu próprio corpo na cruz. Não obstante a crueldade de sua morte e a maldade dos seus conspiradores, Deus o ressuscitou dos mortos para a salvação do mundo inteiro. Deste modo, para curar a humanidade Deus não quis usar do rigor da justiça, mas do remédio da misericórdia, a fim de levar o maior número possível ao arrependimento de seus pecados, à conversão e à salvação.

A tarefa divina da salvação se identifica, portanto, com sua incansável vontade de salvar a humanidade. Deus não é indiferente à nossa condição de pecadores, aos dramas da humanidade e aos problemas do mundo. Entretanto, vivemos um “humanismo desequilibrado”. O homem assumiu o lugar de Deus e, contraditoriamente, tornou-se vítima de sua própria idolatria. Enquanto o cuidado e a paciência de Deus são causa de amor e perdão, a ganância cega e a indiferença dos seres humanos promovem o desequilíbrio e morte.

Querer a morte do irmão pode ser um ato direto causado por interesses iníquos, entretanto, o assassinato pode ser também fruto de uma cultura. Pois, um modo de vida cimentado sobre a cultura do bem-estar, ganancioso somente dos interesses próprios ou de poucos, isolado dos semelhantes e, portanto, incapaz de partilhar a vida concreta dos mais fracos e sofredores de nossa sociedade causa a morte de muitos de nossos irmãos.

Contra esta face maligna da cultura hodierna, cabe aos cristãos promover uma cultura de vida e reconciliação. É necessário que levantemos bandeiras e lutemos por ideais nobres, sem nos esquecermos de que os horizontes do bem comum são muito mais amplos do que nossos pequenos interesses egoístas.

O cenário político de nosso país é um triste reflexo de uma cultura de morte. Até que ponto os interesses de poucos, muitas vezes cultivados sem nenhum reparo ao bem do próximo, podem levar à falência de uma nação?

Lucros injustos, ganâncias inconfessáveis, desonestidade e egoísmo.

A corrupção pública causou o desemprego de milhares de pessoas, a falência de empresas, a piora de todos os serviços públicos e muitas outras consequências que causam morte e destruição. O mau uso do dinheiro público já é um crime, mas somam-se a ele suas consequências igualmente criminosas. É o crime que gera o crime, que mata o pobre e o inocente.

Deus nos livre de todo tipo de corrupção!

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Dom Edney Gouvêa Mattoso

A Voz do Pastor

Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.

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