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Desejamos a civilização do amor
terça-feira, 27 de maio de 2014
Caros amigos, enquanto escrevo esta mensagem meu pensamento se dirige ao nosso amado Papa Francisco, que faz sua viagem ecumênica à Terra Santa.
Santa Teresinha do Menino Jesus dizia que "um pensamento elevado a Deus por alguém que amamos é oração”. Trago aos leitores esta notícia para que todos possam dar o obséquio de suas preces pelo Santo Padre, que leva uma mensagem de paz, e, por isso, incomoda àqueles que só querem a guerra.
Com suas palavras e atos, o Santo Padre tem nos ensinado que um coração conquistado por Jesus Cristo não se preocupa somente com o apertado espaço institucional de sua Paróquia, capela ou comunidade, mas precisa pensar e amar o mundo inteiro. O cristão não nasceu para enclausurar-se em sua vida particular, no mundo de seus sentimentos e problemas pessoais, mas recebeu o mandado de "pregar o evangelho a toda criatura”, de amar, de chegar à centésima ovelha sem desanimar. Para tanto, acostumemo-nos a expandir nossos horizontes e a pensar nos últimos, naqueles que se encontram nas "periferias existenciais” de nosso mundo. Nossa sociedade cada vez mais focaliza o centro, o topo, o maior, sem preocupar-se com o imenso contingente dos que estão à margem e reclamam nossa atenção e cuidado. Neste sentido, os últimos papas têm demonstrado com sinais sempre mais eloquentes qual é a atitude cristã diante desta realidade: ir à Terra Santa, mesmo quando lá os cristãos são minoria, procurar compreender aquela complicada situação, levar a mensagem de Nosso Senhor a todos os povos... Eis uma atitude que nos entusiasma!
O amor é o distintivo do cristão. E também nosso escudo nos momentos de crise e perseguição, inclusive no momento limite do martírio. A palavra martírio tem, em sua raiz grega, o significado de "testemunho”. Não é um "testemunho de inflexibilidade”, mas um testemunho de amor, que busca responder a um Amor maior para vivê-lo até as últimas consequências.
Desejamos que em todos os lugares do mundo impere a paz, porque amamos o mundo! Desejamos que as pessoas se entendam apesar de suas limitações e diferenças, que não exista mais motivo para as armas, nem para as drogas e a imoralidade.
Inquestionavelmente, este é um projeto ambicioso e árduo, mas necessário. Só viveremos a Paz duradoura quando vencermos nosso próprio egoísmo e ousarmos um olhar mais amplo, fraterno e misericordioso, a exemplo do Santo Padre e de tantos cristãos corajosos que não se cansam de fazer o bem, mesmo que todos sejam contrários.
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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