“Anunciai que o Reino dos céus está próximo” (Mt 10, 7) - 11 de outubro 2011

Amados irmãos, grande é nossa vocação de discípulos e missionário de Jesus. Ao nos identificarmos a Cristo pelos sacramentos, verdadeiramente temos a oportunidade de nos unirmos à sua vida divina: missão que consumou em sua paixão e morte, ressurreição e glória.

Já no batismo recebemos a graça santificante e os efeitos íntimos dos mistérios de nossa redenção.

Na confirmação somos configurados ao Senhor em sua tarefa de anunciador da palavra e de presença do Reino de Deus por suas ações e múltiplos sinais, que indubitavelmente tornavam presente o Reino dos Céus.

Na Eucaristia, que nos insere na comunhão perfeita com o Redentor, e nos outros sacramentos da iniciação cristã nos identificamos com Cristo e tornamo-nos capazes de caminhar com Ele, abraçando sua missão.

Dentre os batizados, alguns são especialmente chamados à entrega total ao Reino. Estes são os bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, leigos e leigas consagrados. Cada um segundo as características da própria vocação e a missão particular. Nas situações adversas mostram-se disponíveis também para as novas condições de evangelização, empreendendo com coragem e audácia novos percursos e desafios para o anúncio da Palavra de Deus.

Outros, pelo sacramento do matrimônio são convidados e recebem a graça para edificar uma autêntica “igreja doméstica”, geradora de novos missionários e testemunho luminoso para um mundo que ainda possui muitos ambientes tenebrosos.

Assim, é imperiosa a conscientização de todos os batizados para a missão “ad gentes”. É preciso semear a Palavra eterna em cada tempo, respondendo e confrontando todos os desafios que se apresentam. A Igreja não pode de modo nenhum limitar-se a uma pastoral de manutenção, acomodada em métodos e formas que já não respondem às exigências do nosso tempo. Já o Santo Padre o Papa João Paulo II apontava para a urgência de uma nova evangelização com novos métodos, novo ardor e novas expressões.

Assim, fiéis à obra de reconciliação realizada por Deus em Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado, nós católicos e todos os homens de boa vontade devemos nos empenhar para dar exemplos de uma cultura da reconciliação, para construir uma sociedade justa e pacífica, que encontrará a sua raiz e última perfeição no amor que nos foi revelado no Filho de Deus feito homem.

Precisamos traduzir em gestos concretos de amor a Palavra escutada, pois só assim se torna credível o anúncio do evangelho, apesar das fragilidades humanas que marcam a nosso mundo.