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Ano da Fé: sacramentos e sacramentais
terça-feira, 04 de junho de 2013
Caros amigos, a liturgia, objeto de nossa reflexão já há algumas semanas, é participação da oração de Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo. Por ela, o homem interior é enraizado e fundado no amor que Deus nos dá em Cristo. (Cfr. Catecismo, 1073). Desde modo, em suas expressões, ela deve manifestar um ponto de unidade entre o céu e a terra, algo sublime, mas que, no entanto, permanece entrelaçado com a vida ordinária dos homens, pois fé e vida nunca podem se dissociar.
Na vida dos fiéis a graça divina é celebrada e se manifesta constantemente pelos sacramentos e sacramentais da fé, que são sinais visíveis que realizam ou significam as realidades divinas e invisíveis. Por eles "a graça divina, que deriva do Mistério pascal da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo (...) santifica todos os passos da vida dos fiéis que os recebem com a devida disposição”. (SC, 61)
Comenta a este respeito o Catecismo: "Para os fiéis bem dispostos, quase todo acontecimento da vida é santificado pela graça divina que flui do mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de Cristo, do qual todos os sacramentos e sacramentais adquirem sua eficácia. E quase não há uso honesto de coisas materiais que não possa ser dirigido à finalidade de santificar o homem e dar glória a Deus” (n. 1670).
Os sacramentos e sacramentais não somente supõem a fé, mas também a alimentam, a fortificam e a exprimem por meio de palavras e coisas. E são, e sempre foram, por este motivo, veículo privilegiado da evangelização. Neste sentido, valorizar os momentos importantes da vida como: o nascimento, a maturidade, o matrimônio e a morte; assim como os lugares e objetos que fazem parte de nosso cotidiano: usufruindo-os com honestidade, pedindo sobre eles as bênçãos de Deus e usando-os para Sua glória; são atitudes dignas de um cristão e acabam tendo um claro fim apologético.
A nostalgia que todo fiel tem do paraíso perdido, da presença bem-aventurada de Deus, produzem o desejo de santificar todas as coisas e acaba contagiando a todos com o amor que vem de Deus e habita entre seus filhos. Quantos entram no caminho de Jesus Cristo depois de participarem de uma bênção, ou da unção de um familiar querido! Quantos encontram a Jesus em gestos tão simples como pode ser a bênção de uma residência ou imagem sagrada, quando acompanhada de uma amável e bem disposta acolhida de um sacerdote! Junto com o Concílio, desejo que estes sinais sagrados sejam mais frequentes e melhor celebrados entre o povo santo de Deus.
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
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