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Alegria, conversão e partilha
segunda-feira, 01 de dezembro de 2014
Caros amigos, no domingo passado a Igreja iniciou um novo ano litúrgico, que é marcado pela preparação para a celebração do Natal do Senhor; o Advento. Todos os anos a Igreja vive intensamente estas festas natalinas para recordar continuamente os imensos benefícios do Senhor no meio de seu povo, para que os fiéis se inflamem de amor e para que aprendam a amar, a exemplo do Menino Deus.
A alegria enche o coração dos que recordam os benefícios de nosso Deus. Podemos exclamar com as palavras da Sagrada Escritura: "Qual é a grande nação que tem deuses tão próximos como o SENHOR nosso Deus, sempre que o invocamos?” (Dt 4, 7). De fato, recordar as bênçãos é também atualizá-las em nossa vida. Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre. Ele é fiel e não nos desampara. São Paulo a este respeito nos diz: "Deus, que não poupou o seu Filho, mas o entregou por todos nós, como é que, com ele, não nos daria tudo?” (Rm 8, 32). Assim, o Natal é tempo de alegria, pois recebemos de Deus todo o bem.
A partir da fidelidade de Deus, que se preocupa conosco, nosso coração também deve arder de zelo e de amor por Ele. Este zelo é fruto da presença do Espírito Santo que nos leva a defender os direitos de Deus, que nos leva a louvá-lo de todo coração e a querer e fazer somente o bem, deixando para trás as obras do pecado. Como pregava São João Batista: "Convertei-vos, o Reino de Deus está próximo” (Mt 3, 2). O Natal é, portanto, tempo de conversão e de reacender em nós a chama do primeiro amor.
Por fim, este amor de Deus por nós, manifestado em Cristo Jesus, acontece, sobretudo, no amor pelos irmãos. São João Evangelista nos exorta em sua carta: "Caríssimos, se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós e seu amor em nós é planamente realizado. (...) Se alguém disser: ‘Amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê” (1 Jo 4, 11-12.20).
O tempo do Natal é, então, tempo do amor, da partilha e da misericórdia. Muitos são os movimentos sociais que trabalham para que os menos favorecidos tenham um Natal mais digno. Comecemos a pensar nos "bons propósitos” de natal.
Obra excelente para este tempo é também o perdão dos inimigos. Jesus, que veio para nos perdoar quer também que nos perdoemos uns aos outros de coração. Que Deus abençoe a todos em sua preparação para o natal.
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
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