Ai de mim se não evangelizar!

Caros amigos, nossa Igreja Diocesana, seguindo as palavras de Jesus Cristo, quer tomar decididamente a direção do "permanente estado de missão”, tão eloquentemente defendido pelo Santo Padre, o Papa Francisco. De fato, a Igreja nasceu para evangelizar; cresce e se mantém pelo Evangelho e para o Evangelho, que deve chegar a todos, sobretudo aos que dele mais necessitam.

Todo batizado é instado a conhecer e propagar o Evangelho, não como um repetidor de versículos e sermões, mas como alguém que lê, medita e procura viver a palavra. É lei divina o dever de evangelizar, e nenhum dos que renasceram das águas do batismo é desobrigado deste amável trabalho.

"É do amor de Deus por todos os homens que a Igreja sempre tirou a obrigação e a força de seu elã missionário: ‘pois o amor de Deus nos impele...’ (IICor 5,14). Com efeito, ‘Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade’ (ITm 2,4)”. (Catecismo, 851).

O presbítero é peça fundamental neste projeto de evangelização. Seu entusiasmo conta muito na eficácia do "permanente estado de missão” de nossa Igreja Particular. Ensina o Concílio que "os presbíteros são devedores de todos, no sentido de partilharem com todos a verdade do Evangelho, a qual desfrutam no Senhor. Quer levem os povos a glorificar a Deus por uma conduta boa entre eles, quer anunciem o mistério de Cristo aos que não têm fé por uma pregação pública, quer transmitam a catequese cristã ou explanem a doutrina da Igreja, quer procurem tratar as questões de seu tempo sob a luz de Cristo, a de ser sempre dever deles não ensinar a sua sabedoria, mas o Verbo de Deus, e convidar a todos com insistência para a conversão e a santidade” (Presbyterorum Ordinis, 4).

Para infundir em todas as pastorais o ardor missionário, é necessário o entusiasmo de todos, sobretudo dos presbíteros. Eles não somente possuem uma singular missão evangelizadora, mas também contam com a graça para evangelizar e converter os corações. "Lembrem-se, os Presbíteros, que jamais se encontram sozinhos no desempenho de sua obra, mas que se apoiam sobre a força onipotente de Deus. Crendo em Cristo que os chamou a participar de seu sacerdócio, dediquem-se com toda a confiança ao ministério, sabendo que Deus é poderoso para aumentar neles a caridade” (Idem, 22).

Assim, os rostos dos nossos padres devem estar na primeira linha desta batalha pela salvação do mundo. Deus abençoe a todos!