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A oração do coração
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Caros leitores, de onde brota a oração no homem? Esta prática comum a todos os que querem encontrar-se com o Criador é fundamental para a vida de todos os homens. Ensina-nos o Catecismo da Igreja Católica que: “Seja qual for a linguagem da oração (gestos e palavras), é o homem todo que ora. Mas para designar o lugar de onde brota a oração, as Escrituras falam às vezes da alma ou do espírito ou, com mais frequência, do coração (mais de mil vezes). É o coração que ora. Se ele estiver longe de Deus, a expressão da oração será vã” (n. 2564).
Este “coração” é um mistério para o próprio homem, “é o nosso centro oculto e inapreensível, só conhecido pelo Espírito de Deus” (cfr. Catecismo, 2563). É o lugar da decisão, a sede da verdade, onde escolhemos a vida ou a morte. É o lugar do encontro, sobretudo do encontro com Deus que se dá, principalmente, pela oração. Assim, oração é um momento fundamental e insubstituível para o dia de todos os fiéis.
O primeiro mandamento recorda o fundamento de toda autêntica vida espiritual: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças” (Dt 6,5). De fato, há em nós uma autêntica vida interior rica de sentimentos, pensamentos, emoções e vontades. Neste “lugar interior” podemos nos encontrar com o Criador de um modo maravilhoso.
É belo e consolador saber que nunca estamos sozinhos: Ele nos vê e nos escuta! Mesmo em nossos sofrimentos e questões mais profundas, somos acompanhados por Deus e podemos contar com seu auxílio. Esta confiança leva São Paulo a dizer: “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus” (Fp 4, 6-7).
Quis dedicar esta reflexão sobre o diálogo com Deus como um indicativo de um dos verdadeiros pilares da vida cristã. Aquele que ora está atento à vontade de Deus, começa a conformar seus sentimentos e pensamentos aos sentimentos e pensamentos de Deus, não se deixa desviar pelo ativismo, permanece firme nas tribulações, cresce nas virtudes, alegra-se com o bem e não inveja o mal.
Não permitamos que se apague a chama de nossa oração diante de Deus, em muitas situações é o único que podemos fazer de concreto. Rezemos com fervor e não desanimemos, pois tudo pode ser mudado pela oração (cfr. Mc 11, 24).
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
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