A nova evangelização

Caros amigos, desde o dia 7 de outubro até o próximo dia 28 estarão reunidos com o Santo Padre, o papa Bento XVI, 262 bispos, superiores gerais e sacerdotes do mundo inteiro para discutir o tema: “A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã”. Um importantíssimo encontro que coincide com o início do Ano da Fé e os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II.

A pauta desta XIII Assembleia Geral Ordinária versará sobre a cotidiana vocação evangelizadora da Igreja. Os tempos mudaram, mas a missão da Igreja continua a mesma; também a mensagem é idêntica à dos inícios do cristianismo, entretanto devem ser inovados os métodos e os meios de evangelizar. Na homilia de início deste Sínodo, o Santo Padre expõe seu objetivo: “A Assembleia sinodal que se abre hoje é dedicada a essa nova evangelização, para ajudar essas pessoas a terem um novo encontro com o Senhor, o único que dá sentido profundo e paz para a nossa existência; para favorecer a redescoberta da fé, a fonte de graça que traz alegria e esperança na vida pessoal, familiar e social” (homilia, 07/10/2012).

Há uma urgência em evangelizar! Trazemos nas mãos um precioso tesouro vindo de Deus: o evangelho, cumprido e promulgado pessoalmente por Jesus Cristo, transmitido integralmente pela pregação apostólica e conservado pelos bispos, sucessores dos apóstolos, sob a ação do Espírito Santo; este tesouro, que é a fé da Igreja, é o alimento que os homens de todos os tempos precisam para que tenham, em Cristo, vida em plenitude (cfr. Jo 10,10b). A esta verdade se acrescenta o mandato missionário de Jesus Cristo de “pregar o Evangelho” (cfr. Mc 16,15). De fato, a Igreja existe para evangelizar e seremos fiéis à Igreja na medida em que cumprirmos o mandamento de Jesus.

Relegar a tarefa missionária a “alguns escolhidos” ou “técnicos da Palavra” é um erro, pois pela graça de nosso batismo somos profetas. A necessidade de aprofundarmo-nos na doutrina da Igreja, de conhecer a Palavra de Deus e as indicações do Magistério Eclesiástico, é consequência desta primeira vocação batismal. Poderíamos fazer a experiência de todos os dias procurarmos transmitir algum ponto da verdade divina a uma pessoa e, desde modo, entrar nesta necessária dinâmica da Nova Evangelização.

Nem sempre nosso anúncio cotidiano será feito com uma “pregação formal”, na grande maioria das vezes será nosso testemunho, nossa amizade, nossa conversa informal que semearão o evangelho. Sejamos generosos nesta verdadeira tarefa apostólica.