A Igreja nasce da vontade soberana de Deus

terça-feira, 03 de setembro de 2013

Caros amigos, depois da Semana Missionária e da Jornada Mundial da Juventude, voltamos para nossas reflexões motivadas pelo Ano da Fé. Sobre este tema, meditamos o início da "Lumen Gentium”, documento conciliar que trata sobre Igreja, e havíamos concluímos dizendo que "a reflexão sobre a Igreja só é possível a partir da fé” (cfr. Catecismo, 770).

Logo depois, o documento ensina que Igreja nasceu da Santíssima Trindade: a Igreja é convocada por Deus Pai (n.2), fundada por Jesus Cristo (n. 3) e, continuamente, santificada e vivificada pelo Espírito Santo (n.4).

"Assim (o Pai) estabeleceu congregar na santa Igreja os que creem no Cristo. Desde a origem do mundo a Igreja foi prefigurada. Foi admiravelmente preparada na história do Povo de Israel e na antiga aliança. Foi fundada nos ‘últimos tempos’. Foi manifestada pela efusão do Espírito. E no fim dos tempos será gloriosamente consumada”. (LG, 2) Deste modo, o Eterno Pai, agindo com liberdade soberana e amor, quer a Igreja como lugar onde se reúnam os discípulos de Cristo e não se pode separar sua "vontade de que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4-5) da existência da Igreja onde "os homens orem, erguendo mãos santas, sem ira e sem contenda” (ITm 2,8).

Esta vontade de Deus é anterior à criação do mundo, não é simplesmente uma resposta ao pecado, como alguns poderiam pensar, mas "em Cristo, Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e íntegros diante dele, no amor.” (Ef 1,4). Nossa condição de pecadores fez com que Cristo viesse como nosso Redentor para "reconciliar consigo todos os seres, tanto na terra como céu, estabelecendo a paz, por seu sangue derramado na cruz” (Col 1,20). Cumprindo o desígnio do Pai de fundar a Igreja, da qual Jesus Cristo é a cabeça (cfr. Col 1,18). "Exerce-se (esta) obra de nossa redenção sempre que o sacrifício da cruz, pelo qual Cristo nossa Páscoa foi imolado (1Cor 5,7), se celebra sobre o altar” (LG, 3).

Consumada, na terra, a obra do Filho (cfr. Jo 17,4), "foi enviado o Espírito Santo no dia de Pentecostes a fim de santificar permanentemente a Igreja para que assim os fiéis pudessem aproximar-se do Pai por Cristo num mesmo Espírito (cfr. Ef 2,18)”. (LG 4).

Todo católico deve ter consciência deste maravilhoso mistério que brota do "Mistério de Deus” e nos faz "participantes da natureza divina” (cfr. 2Pe 1,5): a Igreja"é o sacramento universal da salvação” (LG, 48) devemos, portanto, amá-la e defendê-la.

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Dom Edney Gouvêa Mattoso

A Voz do Pastor

Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.

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