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A esperança que não decepciona
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Caros amigos, a virtude teologal da esperança é fundamental para os que querem seguir Jesus Cristo, porque não é possível ser discípulo do crucificado e ressuscitado se estamos paralisados pelo medo e enfraquecidos em nossa confiança em Deus e em suas promessas. A história da Igreja é pontilhada de atos de heroísmo praticados por amor a Deus. Os santos nos ensinam o desapego, a humildade, a generosidade, o amor ao próximo, entre outras virtudes, mas todas sustentadas por uma inabalável esperança em Deus.
O Catecismo da Igreja Católica define a virtude da esperança como: “a virtude pela qual desejamos como nossa felicidade o Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não em nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo” (n. 1817). E, inegavelmente, hoje é necessário levantarmos o nosso olhar para as realidades espirituais para entendermos a dinâmica do amor que dá sentido a todas as nossas ações.
Guiar-nos somente pelas “esperanças terrenas”, que são curtas e incapazes de preencher nossa sede de absoluto, é trair a vida que Deus nos oferece em Cristo. Somos incapazes de perseverar em atos verdadeiramente bons se não temos este auxílio divino da esperança, e isto sucede por um motivo muito simples: quando seguimos o caminho do bem somos assaltados pelas contradições e as dificuldades e sem a esperança desistimos de nossa missão.
Aquele que abraça com Cristo a construção do Reino de Deus será sempre auxiliado pelo Espírito de Deus e encontrará em Deus seu último e definitivo conforto, porém, enquanto está a caminho, também encontrará contradições de todo o tipo, sofrimentos, incompreensões, calúnias, maldades, invejas. Entretanto, cabe ao cristão perseverar. O Catecismo continua explicando sobre a virtude da esperança: “assume as esperanças que inspiram as atividades dos homens; purifica-as, para ordená-las ao Reino dos Céus; protege contra o desânimo; dá alento em todo esmorecimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. Preserva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade” (n. 1818).
Tenho certeza de que uma grande multidão trabalha incansavelmente e com todas as suas capacidades nas coisas de Deus e na missão que Ele lhes confiou. Para todos estes eu digo com voz forte: “Não desanimem! Coragem! Vale a pena ser de Deus!”. Os contragostos desta terra não se comparam com as alegrias do Céu e temos a segurança de estar nas mãos de Deus, que é nosso Bom Pastor e cuida de nós.
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
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