Você é o que você come!

Todos se recordam dos tempos da infância e da juventude, em que sempre se ouvia da mãe ou da avó, geralmente elas eram as mais preocupadas com estes assuntos, cuidado que isto faz mal a saúde, não coma muito disto ou daquilo, não beba muito, e por aí afora, tentando com a maior boa vontade e amor proteger a saúde da família.

Com os progressos da ciência medica em todas as suas áreas, fica cada vez mais evidente que muitas doenças estão intimamente relacionadas à alimentação a ponto de muitos médicos dizerem que “você é o que você come”.

Embora possa haver algum exagero neste ditado, temos que concordar que ele é 90% verdadeiro e atualmente podemos verificar sua exatidão. Um exemplo disto é o que ocorre com pessoas que passaram pela cirurgia bariátrica.      

Depois de um certo tempo, que varia de paciente para paciente, com a perda de muitos e muitos quilos, diabéticos (tipo 2, do adulto) e hipertensos apresentam- se livres destas doenças e temos um grande número deles aqui entre nós, como prova disto. Antes de se tornarem grandes obesos muitas destas pessoas tinham saúde normal. É claro que muita gente diabética e com pressão alta não é obesa e tem hábitos de vida regulares, mas existem outros fatores envolvidos na questão, como herança genética, distúrbios endocrinológicos e outros.

Outro elemento que reforça a tese de que somos o que comemos, é o crescimento do número de pessoas que melhoraram muito e até ficaram livres de doenças tipo diabetes e pressão alta, colesterol e triglicerídeos elevados, aumentando o risco para infartos cardíacos, com mudanças de hábitos de vida e alimentares sob supervisão de médicos nutrólogos e nutricionistas.

Recentemente, encontrei com um colega médico que lutava contra o diabetes e a pressão alta havia muitos anos até o dia em que resolveu seguir os conselhos de um médico nutrólogo, embora no começo não acreditasse  muito naquela forma de tratamento, depois de alguns meses os resultados foram mudando sua opinião.

As taxas de açúcar começaram a se normalizar assim como a pressão arterial também. Motivado por estes fatos ele passou também a fazer algumas atividades físicas com ajuda de profissional da área e as coisas ficaram ainda melhores, pois a sua disposição física aumentou muito, o sono que era curto, em torno de seis horas por noite, passou a ser mais profundo e com maior duração. Concluímos que o velho ditado que dá nome a esta coluna, continua valendo para todos.