Viver por obrigação

Diferentes nomes, em diferentes épocas, mas com um sofrimento gigantesco conforme dizem todos aqueles que passam por ela, assim é a doença que hoje chamamos de depressão.

Melancolia, tristeza e mal do amor, além de outras designações, mas não importa o nome que se dê, quem sofre dela perde a vontade de viver, não encontra interesse em nada e como muitos afirmam “vivem por obrigação”.   Dependendo do ponto de vista com o qual se analisa a questão, as explicações são muito diversas. Os religiosos costumam afirmar que o afastamento da fé em Deus pode estar por trás dela.

Filósofos dizem que é a perda do sentido da existência e pesquisadores e neurologistas são unânimes em garantir que tudo está relacionado a um mal funcionamento na produção de substancias pelo cérebro.

Em ciência se costuma dizer que quando existem muitas explicações para um mesmo assunto é porque nenhuma delas conseguiu esclarecer de forma definitiva a questão. Fala-se em predisposição familiar, fatores sociais e culturais e até na genética.

Assim sendo, em relação ao problema da depressão, a dificuldade continua. Quem sabe, num futuro não muito distante se descubra que a verdadeira explicação envolva um pouco de cada uma daquelas que foram citadas acima.

Em cada década, desde 1950, as pesquisas foram produzindo substâncias que tinham como principal objetivo, quebrar a estrutura da doença e tirar o individuo daquela prisão invisível e poderosa da qual ele não conseguia fugir.

O maior risco da doença, no entanto, é quando ela atinge de forma tão violenta a pessoa, que pode levar ao suicídio. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 800 mil pessoas desistem da vida, a cada ano no mundo. Entre nós brasileiros, 32 mortes ocorrem todos os dias por suicídio, e segundo se informa, a metade é causada pela depressão.

Afinal, porque a depressão leva uma pessoa a dar fim à própria vida ?